04/07/2010 - 14h09

Presença de familiares de Jorginho na África irritou jogadores, diz jornal

Do UOL Esporte
Em São Paulo *
  • No desembarque de parte da seleção brasileira no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na madrugada deste domingo, Jorginho não confirmou a saída da comissão técnica.<br><br>Não teve nenhuma reunião ainda com o presidente da CBF, ainda não sabemos o futuro, disse o auxiliar. Horas depois, em Porto Alegre, Dunga repetiu o discurso e aguarda um encontro com o mandatário Ricardo Teixeira.

    No desembarque de parte da seleção brasileira no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na madrugada deste domingo, Jorginho não confirmou a saída da comissão técnica.

    "Não teve nenhuma reunião ainda com o presidente da CBF, ainda não sabemos o futuro", disse o auxiliar. Horas depois, em Porto Alegre, Dunga repetiu o discurso e aguarda um encontro com o mandatário Ricardo Teixeira.

Braço direito de Dunga durante a fracassada campanha da seleção brasileira na Copa do Mundo, Jorginho foi um dos responsáveis pelo isolamento dos jogadores durante mais de um mês na África do Sul. Entretanto, levou seus familiares ao Mundial, fato que irritou o elenco, segundo matéria do jornal Folha de S. Paulo deste domingo.

Ainda neste domingo, a CBF divulgou por meio de seu site oficial que o técnico Dunga e toda a sua comissão foram destituídos do cargo. Segundo a nota da entidade, a nova comissão será anunciada até o fim deste mês.

Desde o primeiro dia da Copa, a esposa e os filhos de Jorginho estavam em Johanesburgo. O fato só foi descoberto mais tarde pelos atletas, que se sentiram traídos pelo auxiliar técnico, informa a Folha. A partir daí, ele foi perdendo poder diante do grupo.

Os brasileiros desfrutaram de apenas dois períodos de folga durante toda Copa. Dunga e Jorginho forjaram no grupo que os parentes dos atletas permanecessem no Brasil para evitar que o time “perdesse o foco” no torneio, segundo o jornal.

Além disso, o ex-lateral (tetracampeão em 1994) desagradou dirigentes da CBF por ser um dos líderes da ala religiosa da seleção e ter aparelhado a delegação brasileira de evangélicos. Ele foi o responsável pela contratação de Marcelo Cabo, desconhecido no futebol, para ser “espião” ao lado de Taffarel. Com clubes de pequena expressão no currículo, Cabo é amigo de igreja de Jorginho.

O auxiliar de Dunga comandava também, segundo a Folha, as sessões de oração na concentração do Brasil na África. Um pastor tinha a permissão de entrar e rezar com alguns atletas, casos do capitão Lúcio, de Josué, Felipe Melo e Luisão.

Neste domingo, durante desembarque no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, Jorginho disse que ainda não sabe se deixará a comissão técnica da equipe pentacampeã mundial. “Não teve nenhuma reunião ainda com o presidente da CBF, ainda não sabemos o futuro”, decretou.

* Atualizada às 15h50

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