04/07/2010 - 14h06

Jogadores de Gana são recebidos como heróis por multidão no Soweto

Das agências internacionais
Em Johanesburgo (África do Sul)

A seleção de Gana teve tudo nas mãos para fazer a melhor campanha da história dos países africanos em Copas do Mundo. Mas a eliminação nas quartas de final diante do Uruguai não decepcionou os nativos. Ao contrário. Orgulhosos, mais de mil africanos receberam os jogadores como verdadeiros heróis no Soweto, em Johanesburgo.

Adultos e crianças saltaram na frente do ônibus quando ele chegou, às 16h (horário local), em Vilakazi Street, a única rua do mundo em que viveram dois vencedores do prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela e Desmond Tutu.

Os jogadores ganenses apareceram um por um na porta do veículo. Todos receberam aplausos calorosos e, curiosamente, Asamoah Gyan, que perdeu um pênalti nos instantes finais da prorrogação contra o Uruguai foi o mais ovacionado.

"É extraordinário. Eles são incríveis", disse Palesa Mokona, de 31 anos. "Eles nos fizeram sentir orgulho de ser africano", acrescentou. “Gostaríamos de vê-los antes de sua saída porque jogaram bem e nos sentimos muito orgulhosos”, afirmou Mduduzi Ngcobo, de 18 anos, perdido no meio da multidão.

Gana parou nas quartas de final da Copa do Mundo de forma triste. A equipe empatava por 1 a 1 até os acréscimos do tempo extra quando o atacante uruguaio Suarez evitou um gol ao tirar com as mãos a bola debaixo da trave. O árbitro expulsou o jogador e assinalou pênalti, mas Gyan acertou o travessão na cobrança. A vaga foi decidida nas penalidades e o Uruguai conseguiu vencer.

Mesmo com a derrota, Gana igualou a melhor campanha de um africano em Copas, atingida por Camarões ao alcançar as quartas de final em 1990.

Nesta edição do Mundial, os ganenses foram os únicos do continente a se classificarem para a segunda fase, já que a anfitriã África do Sul, Nigéria, Camarões, Argélia e Costa do Marfim pararam na primeira fase.

"É triste por eles terem sido a única equipe que levou as cores da África mais à frente. Mas o nosso reconhecimento é merecido, porque eles fizeram-nos sentir orgulhosos", lembrou Wandile Duma, 18.
 

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