Pierre-Philippe Marcou/AFP Photo

Robben se contorce no chão após falta que resultou na expulsão de Felipe Melo

02/07/2010 - 14h46

Desestabilização brasileira tem 'explosão' de faltas e queda nos desarmes

Do UOL Esporte
Em São Paulo

O destempero mostrado pela seleção brasileira em campo também se traduziu em números. Segundo estatísticas do Datafolha, a equipe comandada por Dunga cometeu, nesta sexta-feira, na derrota por 2 a 1 para a Holanda, o maior número de faltas entre as cinco partidas disputadas nesta Copa do Mundo. Em compensação, os desarmes e as finalizações certas atingiram o pior índice no Mundial.

Um dos lances capitais na derrota para os holandeses aconteceu aos 28min do segundo tempo, quando Felipe Melo foi expulso após derrubar e, na sequência, pisar em Robben. "O juiz entrou na pilha do Robben. Eu estava perto e não vi o Felipe fazer nada intencionalmente", defendeu o zagueiro Juan.

Essa, no entanto, foi apenas uma das 20 faltas realizadas pela seleção brasileira, maior número da equipe neste Mundial, e mais expressivo ainda levando em conta a média de 14,5 durante os quatro primeiros confrontos.

O aumento no número de faltas foi proporcional à queda nos desarmes da seleção. Depois de tirar a bola dos adversários em 109 oportunidades contra a Coreia do Norte, esse número foi subindo contra Costa do Marfim (111), Portugal (112) e Chile (135), desabando novamente diante da Holanda (103).

Os jogadores, no entanto, fazem questão de dizer que os problemas do Brasil foram pontuais. "Foi o melhor primeiro tempo da seleção na Copa", disse Felipe Melo. "Demos bobeira nos gols. Vacilo nosso. Dois lances de bola parada, cochilamos e isso não costuma acontecer. Infelizmente, não tem como voltar a atrás e segue a vida", completou o companheiro na cabeça de área da equipe verde-amarela, Gilberto Silva.

Se a contenção de jogo do Brasil foi ineficiente, o sistema ofensivo também se mostrou frágil nesta partida. Apesar da necessidade de marcar gols para tentar, ao menos, empatar o confronto com a Holanda, os brasileiros mostraram ansiedade e só acertaram quatro chutes ao gol, sendo que um de Robinho entrou. Gilberto Silva, Daniel Alves e Kaká também tiveram boas conclusões.

Coincidentemente, o jogo em que o Brasil mais chegou perto na sua ineficiência nas finalizações foi no empate por 0 a 0 contra Portugal, quando acertou cinco chutes ao gol, contra seis diante do Chile, sete ante a Costa do Marfim e dez na estreia, contra a Coreia do Norte.

Os atacantes, no entanto, rejeitaram as falhas e voltaram a falar em problemas em apenas dois lances. "Futebol se decide nos detalhes. Não tivemos  atenção suficiente, acabamos ficando fora. Foi desatenção no segundo tempo. Duas bolas bobas na área que nos custou a classificação", tentou explicar Robinho, autor do único gol brasileiro na partida. 

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