Técnico diz que Uruguai sente 'orgulho' por chamar atenção na Copa

Das agências internacionais
Em Johanesburgo (AFS)

DUELO ESTATÍSTICO Único africano na Copa, Gana leva vantagem em fundamentos técnicos contra o Uruguai, como passe, drible e finalização. Os uruguaios tem a melhor defesa do Mundial, só um gol sofrido (ao lado do Paraguai). E é um dos times que mais desarma e menos toma cartões.
O CÉREBRO DO TIME Forlán é centroavante e artilheiro, mas, na África do Sul, virou o grande criador de jogadas do Uruguai. Elogiado na nova função, é destaque nos números de passe.
DUAS MUDANÇAS Oscar Tabarez confirmou a escalação para as quartas com duas alterações. O zagueiro Diego Godín, lesionado, será substituído por Mauricio Victorino. No meio-campo, Álvaro Fernández entra no lugar de Álvaro Pereira.

O treinador uruguaio, Oscar Tabárez, disse estar orgulhoso pela campanha da equipe até o momento na Copa do Mundo. Depois de 40 anos, a Celeste Olímpica garantiu presença no grupo das oito melhores equipes do mundo. Nesta sexta-feira, às 15h30, em Johanesburgo, a equipe busca vaga nas semifinais, em duelo contra Gana.

Tabárez diz que se sente feliz em chamar atenção do mundo com as vitórias na África do Sul. “Nos dá conforto que o mundo olhe para nós, coisa que não se faz frequentemente”, disse o treinador, que liderou a equipe nas três vitórias e um empate na África do Sul. Os uruguaios marcaram seis gols e levaram apenas um.

Apesar da falta de conquistas nas últimas quatro décadas, desde a Copa do México, em 1970, torneio em que o Uruguai chegou às semifinais, o futebol nunca perdeu força no país. “O Uruguai é um país que está longe dos triunfos há 40 anos, mas nunca deixou sua cultura futebolística para trás. Sobram dedos da mão para contar os países com uma cultura futebolística como a nossa”, reforçou.

“Quando falo de cultura futebolística me refiro a quanto o futebol é algo importante para qualquer habitante do país. O brinquedo mais importante para uma criança no Uruguai é uma bola. Não saberia opinar se em outros países acontece a mesma coisa”, comentou.

Por isso, Tabárez disse estar orgulhoso com o Uruguai. E também com as outras seleções sul-americanas – além da Celeste, três outros times da região ainda estão na briga: Argentina, Brasil e Paraguai. “Como treinador sul-americano, fico feliz. Não é uma surpresa. As eliminatórias são cada vez mais duras e necessitam de um grande potencial de todos”, analisou Tabárez.