Forlan comemora gol na vitória do Uruguai sobre a África do Sul |
O Diego Forlán que está jogando na África do Sul tem muito pouco a ver com o que foi eliminado ainda na primeira fase da Copa do Mundo de 2002, na Coréia e no Japão. Aos 31 anos, o atacante de área do Atlético de Madrid virou um garçom na equipe uruguaia.
Mesmo em uma função em que não joga normalmente, tem arrancado elogios. Ele é a principal aposta sul-americana nas quartas de final contra Gana, na sexta-feira, às 15h30, em Johanesburgo.
“Temos sorte por ter um jogador como ele. Experiente, habilidoso e, mais importante, disposto a ajudar a equipe”, falou o técnico Oscar Tabarez. “Ele é um líder natural. Depois que a bola passa do meio-campo, ele toma o controle do jogo. É só prestar atenção ao que ele faz”, completa o meio-campista Álvaro Fernandes.
Essas características ficam evidentes nos números do jogador. Titular nas quatro partidas da equipe até agora, ele tem dois gols marcados. O mais importante, no entanto, são suas estatísticas como armador. Ele é o jogador que mais bolas recebe em todo o time, 29,3 por partida. É, também, o que mais passa, 29,3 toques por jogo, e cruza, com 8 bolas alçadas.
O resultado disso é o número de assistências (passes que resultam em chutes ao gol), também o melhor entre os uruguaios, com 1,5 por jogo. A novidade na função, no entanto, também é evidente. Mais acionado, ele é também o jogador que mais erra passes, com 8 por jogo – além disso, perde em média 4,3 lances em 90 minutos.
DUELO ESTATÍSTICO Único africano na Copa, Gana leva vantagem em fundamentos técnicos contra o Uruguai, como passe, drible e finalização. Os uruguaios tem a melhor defesa do Mundial, só um gol sofrido (ao lado do Paraguai). E é um dos times que mais desarma e menos toma cartões.
DUAS MUDANÇAS Oscar Tabarez confirmou a escalação para as quartas com duas alterações. O zagueiro Diego Godín, lesionado, será substituído por Mauricio Victorino. No meio-campo, Álvaro Fernández entra no lugar de Álvaro Pereira.
A necessidade do Uruguai em usar um centroavante para criar suas jogadas vem da falta de jogadores da posição nascidos no país. O jovem Nicolas Lodeiro poderia exercer a função. Até entrou no primeiro jogo da Copa, mas foi expulso e só jogou, até agora, 17 minutos no torneio. No último Mundial do Uruguai, por exemplo, a função era exercida por Álvaro Recoba. Na última Copa em que a Celeste foi bem, em 1990, o 10 era Enzo Francescoli.
Os dois tinham características bem diferentes de Fórlan. Enquanto Recoba e Francescoli eram criadores de jogadas, Forlán é um definidor. Em 2004/2005 e 2008/2009, foi o maior artilheiro das ligas européias. Antes da Copa, marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 do Atlético de Madri contra o Fulham, na final da Liga Europa.
“Foi minha escolha jogar mais recuado, mais longe do gol”, explica o jogador. Com isso, a função de matador da equipe caiu no colo do novato Luis Suarez, três gols no Mundial. “Não tem problema. Se ele continuar marcando gols, e o Uruguai continuar avançando, isso é ótimo”.
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