John MacDougall/AFP

Özil (à frente) e Schweinsteiger se destacaram nas seleções de base da Alemanha

30/06/2010 - 12h01

Ignoradas por França e Itália, promessas se destacam na seleção alemã

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Na terça-feira, Joseph Blatter criticou a média de idade elevada das seleções de França e Itália, eliminadas na primeira fase da Copa do Mundo. O presidente da Fifa, porém, elogiou a Alemanha por dar oportunidade aos seus jogadores promissores. A constatação feita pelo suíço permite compreender um pouco melhor o desempenho destas três seleções europeias neste Mundial.

OS CONTRASTES ENTRE AS PROMESSAS

  • John MacDougall/AFP

    Özil: campeão europeu sub-21 e destaque da Copa

  • Getty Images

    Montolivo: um dos poucos com espaço na Itália

  • EFE/Ballesteros

    Benzema, campeão europeu sub-17, foi ignorado

Classificada para as quartas de final da Copa, a Alemanha conta em seu elenco com onze atletas que participaram recentemente de torneios destinados às categorias de base. No ano passado, a seleção sub-21 do país sagrou-se campeã continental; alguns dos destaques daquela campanha estão na África do Sul.

Manuel Neuer, Jérôme Boateng, Dennis Aogo, Sami Khedira, Mesut Özil e Marko Marin participaram da conquista do título da competição, disputada na Suécia. O meia-atacante Özil, que fez um dos gols da vitória por 4 a 0 sobre a Inglaterra na decisão do último Europeu sub-21, conquistou uma vaga na equipe principal e se tornou um dos destaques desta Copa.

Além deles, outros jovens jogadores alemães marcaram presença em outros torneios recentes de categorias de base: Stefan Kiessling disputou o Europeu sub-21 em 2006; Tim Wiese, Lukas Podolski e Bastian Schweinsteiger participaram do Europeu sub-21 dois anos antes. Já Toni Kroos esteve no Europeu sub-17 em 2007 e 2006 e no Mundial sub-17 em 2007.

Italianos e franceses, eliminados ainda na primeira fase do Mundial, vivem situação oposta. Nas semifinais do último Europeu sub-21, a Alemanha eliminou a Itália ao vencer por 1 a 0. Três jogadores que estiveram em campo pela Squadra Azzurra foram chamados pelo técnico Marcello Lippi para a disputa da Copa-2010: Domenico Criscito, Claudio Marchisio e Salvatore Bocchetti.

No entanto, apenas Criscito disputou as três partidas da Itália no Mundial. Marchisio foi titular nos dois primeiros jogos e ficou no banco na derrota por 3 a 2 para a Eslováquia. Já Bocchetti foi um “turista”, pois nem entrou em campo. Uma das principais críticas ao trabalho de Lippi foi não promover a desejada renovação da equipe.

Giorgio Chiellini, Riccardo Montolivo e Giampaolo Pazzini (que jogaram o Europeu sub-21 em 2007, assim como Criscito) e Simone Pepe (participou do torneio em 2006 ao lado de Chiellini, Pazzini e Montolivo) estiveram na África do Sul, mas também ganharam poucas oportunidades com o treinador. Enquanto isso, Lippi manteve sua aposta em nomes como os de Buffon, Cannavaro, Camoranesi, Gattuso e Pirlo, entre outros, todos com mais de 30 anos.

A França, por sua vez, classificou-se poucas vezes para os torneios recentes destinados às categorias de base. Quatro jogadores que participaram do Europeu sub-21 em 2006 estiveram na África do Sul: Bacary Sagna, Yoann Gourcuff, Jérémy Toulalan e Steve Mandanda. O técnico Raymond Domenech, porém, deixou de lado os destaques de outra geração vencedora.

Em 2004, os franceses conquistaram o título do Europeu sub-17. Os meio-campistas Hatem Ben Arfa e Samir Nasri, além do atacante Karim Benzema, participaram daquela campanha vitoriosa, mas foram ignorados por Domenech para o Mundial deste ano. Ao menos eles escaparam do fiasco dos Bleus na África do Sul.

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