Com seis remanescentes, Argentina clama por revanche contra Alemanha

A seleção argentina é outra, mas a vontade de vingar a eliminação na Copa do Mundo de 2006 é a mesma. Devolver a derrota nos pênaltis para a Alemanha é um dos assuntos mais comentados sobre o confronto das quartas de final do Mundial da África do Sul. Com somente seis remanescentes do time derrotado naquele jogo em Berlim, a seleção albiceleste se motiva mais com a chance de retribuir a decepção do que a de quebrar um incômodo jejum de 20 anos sem chegar às semifinais do torneio.

Considerando as convocações de José Pekerman e Diego Maradona para as Copas, somente seis nomes se repetem. Heinze, Maxi Rodriguez, Mascherano, Tevez, Messi e Burdisso terão a chance de vingar a derrota de quatro anos atrás. Entretanto, o sentimento já está em todos os atletas do elenco atual, comandado pelo ex-camisa 10 da Argentina.

"Será uma linda revanche para nós que estivemos na última Copa", comentou Burdisso, que viu a classificação alemã do banco de reservas. Sobre o jogo, o defensor fala na possibilidade de chegar à semi. Se aproximar do título só depois. “Acredito que mostramos um bom futebol [nas oitavas de final, contra o México]. O melhor é que esta seleção cresce a cada jogo e vai evoluir ainda mais na competição”.

Miroslav Klose, personagem importante da partida de 2006 ao marcar o gol de empate que levou a decisão para os pênaltis, tenta acalmar os ânimos da Argentina e minimizar o sentimento de vingança. Baseado nas mudanças nos dois lados após quatro anos – a Alemanha tem sete remanescentes da Copa disputada dentro de sua casa –, o atacante diz que os rivais não devem querer revanche pela derrota de 2006.

“Escutamos que os argentinos querem ter a revanche. Mas desde 2006 muitas coisas mudaram para as duas equipes”, diz o atacante, que lembra de um jogador daquela equipe que não entrou no jogo. “Em 2006, Messi era reserva. Hoje é o melhor jogador do mundo”, comentou Klose sobre o excelente momento da estrela da albiceleste, que lidera um time disposto a chegar às semifinais da Copa, algo que não acontece desde 1990.

As duas seleções se encontraram no início deste ano. A Argentina venceu o amistoso, disputado em Munique, por 1 a 0. O capitão Mascherano esteve na derrota de Berlim e na vitória deste jogo disputado em março. “Aquele resultado de nada vale para sábado. É um outro jogo, um outro ambiente, na maior de todas as competições. Nada pode ser levado em comparação”, avaliou.

A esperada partida pelas quartas de final da Copa da África do Sul está marcada para o próximo sábado, às 11h (horário de Brasília), na Cidade do Cabo. “Não será fácil, mas estou convencido de que podemos frustrar os argentinos mais uma vez”, cutucou Klose, autor de 12 gols em Copas do Mundo e em busca do recorde de Ronaldo, que soma 15.

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