29/06/2010 - 23h08

Zebras desaparecem da África e favoritos ratificam domínio

Do UOL Esporte
Em São Paulo

A Copa do Mundo da África do Sul começou desajeitada, punindo algumas grandes potências do futebol. Itália e França, finalistas em 2006, desmoronaram na primeira fase, e a Inglaterra, liderada pelo atacante Wayne Rooney, chegou aos tropeços nas oitavas de final. Passado o período de turbulência, o Mundial de 2010 assumiu a rota previsível e as seleções que apresentaram o melhor futebol alcançaram as quartas de final sem sofrimento. As zebras? Sumiram.

Argentina, Brasil, Alemanha, Espanha e Holanda, países que dividem o favoritismo ao título, chegaram às quartas com tranquilidade, demonstrando absoluto controle sobre seus respectivos adversários das oitavas.

A FORÇA DO FUTEBOL SUL-AMERICANO

  • O futebol sul-americano rompeu barreiras. Pela primeira vez em uma Copa do Mundo, as quartas de final recebem mais equipes da América do Sul do que da Europa (em 1930, quatro seleções da América do Sul ficaram entre as oito primeiras, mas não existia a fase de quartas de final). Em 2010, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai são rivais dos europeus Holanda, Alemanha e Espanha, e da solitária representante africana, Gana. Para dar mais força à conquista sul-americana, basta lembrar que a Europa trouxe 13 países para a Copa enquanto a América do Sul contou com cinco representantes. O futebol sul-americano também tem a oportunidade de alcançar outro feito inédito: classificar os quatro representantes das semifinais. Não será fácil. Veja os confrontos: Alemanha x Argentina, Brasil x Holanda, Uruguai x Gana e Paraguai x Espanha.

A Argentina liquidou o México no domingo com a vitória por 3 a 1, e alemães, no mesmo dia, golearam os ingleses por 4 a 1. As duas partidas foram prejudicadas por erros grotescos da arbitragem, mas as próprias seleções derrotadas, vítimas da ineficiência dos juízes, admitiram a superioridade de argentinos e alemães.

A seleção brasileira não sofreu perigo em nenhum minuto dos 90 jogados contra o Chile, na segunda-feira. Não fosse a acomodação dos atletas brasileiros após os 3 a 0 no placar, a diferença poderia ter sido bem superior. Algumas horas antes, a Holanda, rival do Brasil nas quartas, passou sem sustos pela Eslováquia. Apesar do placar magro – 2 a 1 – holandeses não foram importunados pelos adversários.

A Espanha passou algum aperto diante de Portugal nos minutos finais do primeiro tempo. Porém, ao marcar o único gol do jogo na segunda etapa, os espanhóis demonstraram sangue frio e absoluto entrosamento ao se limitarem a trocar bolas na intermediária até o final da partida. Nem mesmo o astro português Cristiano Ronaldo conseguia abalar a elegância da Furia.

Os outros três confrontos foram mais equilibrados, mas se sobressaíram as seleções que se dispuseram a atacar. No sábado, Uruguai venceu a Coreia do Sul por 2 a 1 e Gana bateu os Estados Unidos, também por 2 a 1, após um extenuante confronto que só foi concluído após 120 minutos de jogo. Na terça-feira, o Paraguai se classificou para a primeira quartas de final de sua história com a vitória sobre o Japão, no pênaltis.

A Argentina e a Holanda, em lados opostos nesta fase final (só podem se encontrar na final), são as únicas seleções com 100% de aproveitamento. Brasil e Uruguai somam 83,3% ; Alemanha e Espanha têm 75%, Gana chegou a 58,3% e Paraguai, 50%. Só o Japão poderia se considerar um “injustiçado” por ter finalizado com 58,3% de aproveitamento, superior ao paraguaio. Porém:

“A responsabilidade é toda minha. Infelizmente não deixei meus jogadores ganharem. Quando penso no que poderia ter feito por eles e no que fiz na realidade como treinador, creio que deveria tê-los feito insistir mais na vitória. Não insisti para eles atacarem”, disse Takeshi Okada, treinador japonês após a eliminação de sua seleção.

A Argentina é a dona do melhor ataque da Copa, com dez gols anotados. Alemães fizeram nove, e brasileiros, oito. Entre os gols sofridos, quatro países sofreram um só gol: Uruguai, Paraguai e os eliminados Portugal e Suíça.
 

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