Técnico do Paraguai vai às lágrimas com vitória nos pênaltis

Muito emocionado, o argentino Gerardo Martino se sentou no banco de reservas e começou a chorar assim que Cardozo assegurou a vitória do Paraguai sobre o Japão na decisão por pênaltis. Foi o único momento em toda a partida que Martino não ficou de pé. Inquieto, passou o jogo andando de um lado para o outro, muitas vezes falando sozinho ou reclamando do árbitro belga Frank de Bleeckere. Até de marcação de lateral, o técnico protestou.

“Estava muito tenso. Foi uma partida muito difícil. Na hora que acabou, chorei mesmo. É uma forma de desabafar. Passam tantas coisas na cabeça... Por que não fazê-lo?”, perguntou Martino. “Deus estava do nosso lado. Agora queremos mais”.

O técnico se disse satisfeito de enfrentar Espanha ou Portugal nas quartas de final. “Vai ser conveniente jogar contra uma seleção da qualidade destas. Não vamos precisar ser protagonistas da partida. E acho que podemos encontrar mais espaços”, previu o técnico.

Martino defendeu seus atacantes da ineficiência demonstrada ao longo de 120 minutos. “As bolas não chegaram neles. Seria injusto considerá-los culpados pelo resultado”.

Indagado se a classificação para as quartas é o momento mais importante de sua vida, Martino filosofou: “Não desprezo o que conseguimos aqui, mas não me sinto à vontade de dizer que é o mais importante que já fiz. Entendo que vitórias pessoais têm a ver com fatos de outra natureza”.

Martino disse considerar a Argentina como a maior favorita à conquista do Mundial. “O Brasil, depois do que mostrou contra o Chile, também é. E depois vem a nossa equipe”.

“É um momento histórico, de grande felicidade”, confirmou o atacante Barrios. “O grupo está muito forte, focado. Temos condições de prosseguir”, disse.

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