Fabrice Coffrini/AFP

Gilberto Silva pede para a seleção não se desesperar no duelo com os chilenos

27/06/2010 - 08h50

Seleção torce para Chile manter ofensividade, mas já teme 4ª retranca na Copa

Alexandre Sinato e Mauricio Stycer
Em Johanesburgo (África do Sul)

Tudo que a seleção brasileira mais quer é um adversário aberto, ofensivo. O Chile, rival desta segunda-feira pelas oitavas de final, avançou no grupo H atuando dessa maneira, buscando o ataque. Os jogadores torcem para que o rival mantenha essa postura às 15h30 (de Brasília), no Ellis Park, mas o otimismo não é tão grande.

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“O Chile jogou para frente nos últimos jogos, pudemos ver isso contra a Espanha. Mas contra o Brasil os adversários mudam de postura, geralmente eles vêm todos atrás. Acho que o Chile jogará na defesa”, apostou Robinho, de volta à equipe titular depois de ser poupado no empate sem gols com Portugal.

A seleção de Dunga costuma se dar bem contra adversários que tentam enfrentá-la de igual para igual. Por outro lado, sofre contra as retrancas. Na primeira fase da Copa do Mundo, Coreia do Norte e Portugal se fecharam. Costa do Marfim procurou um pouco mais o ataque, mas ainda assim deu prioridade à defesa.

Gilberto Silva é mais esperançoso quanto ao Chile. “Eles jogaram sem medo contra a Espanha, com velocidade. São bons no contra-ataque e sabem jogar sem ficar totalmente recuados. Os chilenos não se limitam a marcar.”

O Chile se classificou como segundo colocado do grupo H, somando seis pontos (venceu Honduras e Suíça por 1 a 0) e depois perdeu para a Espanha por 2 a 1. Média de um gol marcado por partida e menos de um sofrido (0,66) por jogo.

Se os chilenos decidirem recuar, a seleção aposta em duas maneiras de superar o bloqueio: velocidade e paciência. “Precisamos tocar rápido a bola. Quanto mais velocidade usamos, mais difícil fica para o marcador. E jogando pelas laterais podemos ter boas chances”, recomendou Robinho.

“Temos que jogar com inteligência. Não adianta o Brasil achar que vai ganhar o jogo a qualquer hora e a qualquer custo. Temos 90 minutos para fazer o resultado e, se não conseguirmos, temos mais 30 minutos na prorrogação. Não podemos nos desesperar”, completou o experiente Gilberto Silva, em sua terceira Copa do Mundo.

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