27/06/2010 - 15h13

Em debate sobre arbitragem, Dunga se alinha com a Fifa contra ajuda tecnológica

Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Johanesburgo (África do Sul)
  • Dunga apoia Joseph Blatter, presidente da Fifa, ao não ser favorável pelo uso da tecnologia no futebol

    Dunga apoia Joseph Blatter, presidente da Fifa, ao não ser favorável pelo uso da tecnologia no futebol

O gol anulado da Inglaterra na partida contra a Alemanha neste domingo foi o assunto do dia nos ambientes de Copa do Mundo e renovou o debate a respeito da introdução de recursos tecnológicos para resolução de lances duvidosos. Convidado a participar da discussão, o técnico Dunga se mostrou alinhado com o pensamento da Fifa, de que eventuais inovações eletrônicas poderiam prejudicar o romantismo do futebol.

"Se colocar [o chip na bola] não vai ter discussão, muita gente vai perder o emprego. Se o futebol não tivesse polêmica, vocês não iriam estar aí, nem eu aqui", afirmou o treinador na coletiva de véspera do jogo contra o Chile nas oitavas de final.

Esta é mais ou menos a posição de Joseph Blatter em relação ao tema. Dias antes da Copa, em contato com a imprensa, o presidente da Fifa reafirmou a posição da entidade de que o debate sobre tecnologia para ajudar a arbitragem está temporariamente encerrado.

Na jogada que levantou mais uma vez a discussão sobre a introdução de tecnologia no futebol, o inglês Frank Lampard acertou o travessão da Alemanha e viu a bola pingar dentro do gol. No entanto, a arbitragem do uruguaio Jorge Larrionda não validou o gol. Neste instante da partida, ainda no primeiro tempo, os alemães tinham a vantagem parcial de 2 a 1.

No segundo tempo do clássico europeu em Bloemfontein, a seleção alemã se aproveitou do espaço para contra-ataques cedido pelos ingleses e aumentou o placar para 4 a 1, selando a vaga nas quartas de final da Copa.

Apesar da má vontade da Fifa, o prejuízo dos ingleses deve abrir discussão sobre o tema, que já havia renascido no último ano graças ao lance polêmico que classificou a França ao Mundial, quando o atacante Thierry Henry usou a mão para dar uma assistência de gol em duelo eliminatório contra a Irlanda.

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