Zagueiro chileno quer acabar com "conta pendente" contra o Brasil

O jejum de quase uma década sem vencer o Brasil deixa o Chile em alerta para o confronto da próxima segunda-feira, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. O zagueiro Pablo Contreras elogiou o time de Dunga, mas disse acreditar que La Roja tem condições de eliminar os pentacampeões mundiais para avançar à terceira fase do torneio. Para isso, os chilenos devem contar com o atacante Humberto Suazo.

“Claro que tememos o potencial do Brasil. Há um respeito pela seleção deles, mas continuo pensando e acredito que podemos vencer. Porém me preocupo mais com o que o Chile fará do que com o que o Brasil pode fazer”, disse Contreras ao jornal "La Tercera". O camisa 5 irá assumir a vaga na defesa por causa da suspensão do titular Waldo Ponce.

Na segunda-feira, os chilenos tentarão findar uma longa série negativa. O último triunfo da La Roja sobre o Brasil foi em 15 de agosto de 2000, pelas eliminatórias à Copa de 2002. Na ocasião, os donos da casa ganharam por 3 a 0, em Santiago, com gols de Zamorano, Salas e Fabián Estay.

“É inevitável não pensar no que aconteceu contra o Brasil. É uma conta pendente da nossa parte. Esperamos poder reverter essa situação”, comentou o zagueiro do grego PAOK. “Mas essa seleção já demonstrou caráter e fez coisas que outras seleções não conseguiram. Fizemos história nas eliminatórias [sul-americanas, ao terminar em segundo] e no Mundial. Espero continuar fazendo, mas sabemos da categoria do nosso rival. Com as armas que o Chile tem, podemos fazer história.”

Para o jogo no Ellis Park, em Johanesburgo, o técnico Marcelo Bielsa deve voltar a escalar o atacante Humberto Suazo, poupado na derrota contra a Espanha por estar fora de forma – o jogador tem sofrido com sucessivas lesões.

Artilheiro do classificatório ao Mundial-2010, com dez gols, Suazo seria a opção para sanar a falta de uma referência na área, uma vez que Valdivia e Esteban Paredes não conseguiram realizar a função. "Chupete", como é conhecido, marcou dois gols na derrota para o Brasil por 4 a 2, em Salvador.

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