Diego Forlán é o líder de um Uruguai disposto a quebrar marcas na Copa do Mundo |
A campanha do Uruguai na Copa do Mundo da África do Sul pode ganhar contornos históricos. Os bicampeões irão quebrar escrita de 40 anos, caso conquistem vaga nas semifinais da competição. Na teoria, os planos da Celeste Olímpica para encerrar o longo jejum não são complicados, pois todos os campeões mundiais saíram do seu caminho, pelo menos até a penúltima fase do Mundial.
Além do ataque com Forlán, a Celeste conta com excelente momento do goleiro Muslera, que ainda
não levou gols, para continuar na Copa do Mundo
O Uruguai, no entanto, já deixou um campeão para trás. Primeiro colocado do grupo A, o time de Diego Forlán empatou sem gols com a França e viu os Bleus voltarem para casa. Nas oitavas, encaram a Coreia do Sul. Em caso de classificação, existem duas possibilidades: Estados Unidos ou Gana, seleções emergentes, mas sem tradição em Copas.
Se a seleção uruguaia atingir a semi, irá igualar a sua melhor campanha no torneio desde 1970. Na Copa do México, a Celeste chegou até esta etapa, mas caiu para a seleção brasileira e ficou na quarta colocação. O técnico Oscar Tabárez evita falar sobre o futuro e se diz concentrado apenas no duelo contra a Coreia do Sul.
“Não quero falar de um possível choque nas quartas de final contra Gana ou Estados Unidos. Até terminar a partida contra a Coreia, não sabemos o que vai acontecer, podemos jogar contra esses times em seguida ou ir para casa. Mas faremos tudo para que a primeira opção aconteça”, comentou o treinador.
As possibilidades de conquistar um resultado histórico, no entanto, são claras e já animam os torcedores. O ataque, sob o comando de Diego Forlán, e a defesa, que ainda não sofreu gols na Copa, são argumentos usados pelos otimistas. Outra marca importante na Celeste Olímpica que poderá cair após 40 anos é a do goleiro Mazurkiewicz.
A lenda uruguaia está perto de perder a marca de maior tempo sem tomar gols em Copas do Mundo, somando 277 minutos de invencibilidade, entre Inglaterra-66 e México-70. Há três jogos sem pegar as bolas na sua rede, Fernando Muslera precisa evitar os gols contra os sul-coreanos e torcer para os atacantes do seu time. Assim, estará mais perto de garantir dois recordes.
Tantas chances de encerrar jejuns históricos entusiasmam até mesmo o presidente uruguaio, José Mujica. O político cogita viajar para a África do Sul se a seleção de seu país avançar às quartas de final da Copa do Mundo. Mais pressão para a Celeste Olímpica, que inicia a busca para quebrar as escritas neste sábado, às 11h (horário de Brasília), em Porto Elizabeth.
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