25/06/2010 - 20h28

Saiba por que o Brasil não pode temer a seleção chilena

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Não deveriam existir motivos para preocupação. O adversário da seleção brasileira nas oitavas de final da Copa do Mundo, segunda-feira, às 15h30 (horário de Brasília), será o Chile. E os chilenos estão acostumados a sofrer diante do futebol brasileiro. Além da ampla desvantagem no histórico de partidas, o Chile não poderá contar com três jogadores fundamentais para os planos do técnico Marcelo Bielsa (todos suspensos) enquanto Kaká retorna ao comando do meio-de-campo brasileiro. Entenda por que o Brasil deve acreditar que vai passear diante de seu próximo rival:

TRÊS DESFALQUES DOLOROSOS

Caso Elano esteja 100% fisicamente até segunda-feira, Dunga poderá contar com todos os jogadores titulares para a partida das oitavas de final. O Chile, por outro lado, perdeu três atletas fundamentais ao esquema tático do treinador Marcelo Bielsa. O volante Marco Estrada, principal fortaleza do meio-de-campo, recebeu o cartão vermelho no jogo contra a Espanha. Waldo Ponce (foto, nº 3), um dos mais precisos e conscientes zagueiros do Mundial, recebeu o segundo amarelo, assim como o polivalente Gary Medel (foto, ao lado de Ponce), o pulmão chileno, dono de um fôlego invejável e fundamental no auxílio à marcação e no apoio ao ataque.

 

FREGUÊS DO PROFESSOR DUNGA

Dunga iniciou seu trabalho no comando da seleção brasileira em 2006 e, de lá para cá, só guarda boas recordações de partidas disputadas contra o Chile. Sob as ordens do atual treinador, o Brasil fez cinco jogos contra os chilenos e venceu todos com facilidade. Em 2007, os brasileiros ganharam um amistoso por 4 a 0 e triunfaram nas duas partidas realizadas pela Copa América: 3 a 0 e a goleada por 6 a 1. Nas eliminatórias para o atual Mundial, O Brasil surpreendeu o Chile, em Santiago, com um convincente 3 a 0 (2008), e bateu novamente o adversário em Salvador, dessa vez por 4 a 2 (2009).

 

ESQUEMA TÁTICO PREFERIDO DO BRASIL

O treinador do Chile, o argentino Marcelo “El Loco” Bielsa, é ousado o suficiente para deixar a seleção brasileira grata e feliz. Atrevido e arrojado, o comandante do grupo chileno não tem paciência para resguardar sua equipe ou estudar os primeiros movimentos do adversário. Seu plano de jogo é dinâmico, voltado ao ataque, uma combinação explosiva quando o oponente é frágil e medroso. Porém, os chilenos entram em colapso quando se deparam com um rival compacto, amparado por laterais e atacantes velozes e criativamente dependentes de contra-ataques. O Brasil, que tem dificuldades para romper retrancas, agradece.

 

RETROSPECTO VITORIOSO

O histórico de confrontos entre as duas seleções mostra ampla vantagem para a seleção brasileira. De acordo com as estatísticas da Fifa, brasileiros e chilenos já disputaram 65 partidas. Deste total, o Brasil ganhou 46 vezes (aproveitamento de 70.7%), perdeu apenas sete e empatou as outras 12; marcou 152 gols e sofreu 55. Em Copas do Mundo, as duas seleções se encontraram somente em duas ocasiões. A primeira, nas semifinais do Mundial de 1962, os chilenos foram derrotados em casa por 4 a 2. Mais de três décadas depois, na Copa da França, o time comandado pelo técnico Zagallo goleou os chilenos de Zamorano (foto) por 4 a 1, nas oitavas de final.

 

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