Pontaria define grupo e coloca Holanda e Japão nas oitavas

Holanda e Japão asseguraram a classificação nas oitavas de final da Copa do Mundo movidos por estilos de jogo bem diferentes. Mas uma qualidade em comum foi fundamental para definir o rumo das duas seleções no grupo E. Ambos os times mostraram grande eficácia no ataque e venceram seus jogos apoiados por um aproveitamento ofensivo bastante confiável.

Segundo dados do Datafolha, o Japão é a equipe com a melhor pontaria entre todas as 32 seleções do Mundial. O time comandado por Takeshi Okada acerta 54% dos chutes que arrisca no jogo. Por isso, conseguiu duas vitórias (sobre Dinamarca e Camarões), que classificaram o país.

O triunfo sobre o rival escandinavo da última quinta-feira evidenciou bem este cenário. Apesar de se destacar pelo rendimento na defesa, o Japão não desperdiçou as chances que criou e levou a melhor por 3 a 1. Segundo o treinador isso faz parte de uma mudança na postura que foi pedida ao elenco.

“Não queríamos ser passivos. Nossa equipe está mudando e por isso pedi para eles irem ao ataque. Também sabemos jogar assim e por isso fizemos três gols. Anotamos dois gols de falta, mas o 2 a 0 não era suficiente. Queríamos mais gols para ficarmos seguros”, comentou Okada.

A Holanda não fez por menos ao longo da primeira fase. Com 100% de aproveitamento, o time se classificou em primeiro lugar do grupo E apoiado também pela eficiência ofensiva.

O time é o sexto da Copa do Mundo na pontaria, com acerto de 44% das finalizações, mas soma uma série de outras qualidades no setor. Possui o terceiro melhor ataque do torneio até o momento com cinco gols marcados, além de ser a seleção que menos desperdiça passes em toda a competição: 25 por jogo.

"Em alguns momentos não conseguimos nos concentrar em nossos passes, mas cumprimos nosso objetivo”, opinou Robben, grande estrela da seleção, que voltou ao ataque do time na última quinta. “Ainda não estou 100%, mas vou chegar lá”, completou.

Enquanto isso, os outros dois participantes do grupo E abusaram dos erros no ataque. Camarões, por exemplo, deixa a Copa com um aproveitamento de apenas 26% dos chutes que arriscou. Já a Dinamarca foi um pouco superior, com pontaria de 35% nas finalizações.

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