25/06/2010 - 15h51

Ídolos alemães contrariam seleção e criticam time inglês antes do clássico

Do UOL Esporte
Em São Paulo

A jovem Alemanha adotou uma postura respeitosa às vésperas do confronto com a Inglaterra e só declara a sua admiração pelo futebol dos rivais. Fora de campo, no entanto, ídolos históricos do time germânico esbanjam confiança e apimentam o clássico com críticas à seleção britânica.

O mais duro foi Franz Beckenbauer. Capitão no título em 1974 e técnico da seleção que venceu em 1990, o ex-zagueiro já havia criticado o estilo de jogo da Inglaterra antes da Copa, que ele considera de chutão e corrida. Agora, ele ressaltou o preparo físico dos rivais das oitavas de final.

“Os ingleses estão cansados. Isso tem suas razões. Os jogadores da liga inglesa têm de jogar mais partidas que seus colegas de Bundesliga”, disse Franz Beckenbauer. A declaração gerou repercussão dos dois lados.

“Não havia escutado o que ele disse, mas não acho que o jogo inglês seja de chutar e correr. Sabemos o que nos espera. Eles têm muita qualidade técnica”, disse Philipp Lahm, capitão da Alemanha. “Eu não me sinto cansado. O Campeonato Inglês é um dos mais fortes do mundo. Se você se preparar não tem problema”, disse Jermain Defoe, em resposta ao "Kaiser".

AS FRASES MAIS POLÊMICAS


Beckenbauer
“Os ingleses estão cansados. Isso tem suas razões. Os jogadores da liga inglesa têm de jogar mais”

Ballack
"Muitos alemães estão um pouco surpresos de ver que a Inglaterra os vê como os piores inimigos. Não entendo"

Kahn
"A Inglaterra tem tradição de goleiros. Agora eles estão com dificuldades para desenvolver um goleiro de nível mundial"

As críticas não pararam em Beckenbauer. Nesta sexta-feira, Oliver Kahn e Michael Ballack também alfinetaram os ingleses.

“A Inglaterra tem uma grande tradição de goleiros, com Peter Shilton, Ray Clemence, David Seaman e até Gordon Banks, indo mais para trás. Agora você vê muitos estrangeiros jogando nos principais clubes. Eles têm dificuldades para desenvolver um goleiro de nível mundial”, disse Oliver Kahn.

“Muitos alemães estão um pouco surpresos de ver que a Inglaterra os vê como os piores inimigos. Não entendemos a razão. Pode ser por 1966, e por aquele gol que nunca deveria ter sido validado”, disse Michael Ballack, referindo-se à final da Copa daquele ano, decidida por um gol irregular do inglês Geoff Hurst.

As declarações apimentam a preparação para o clássico, tradicionalmente tenso. Desde a decisão de 1966, Inglaterra e Alemanha já se encontraram outras três vezes em Copas de Mundo, e os britânicos foram eliminados em todas.

Em 1996, quando a Eurocopa aconteceu na Inglaterra, os alemães impuseram aos donos da casa uma de suas principais derrotas na história. Na semifinal, venceram nos pênaltis e ainda foram campeões após baterem a República Tcheca na decisão. Ciente de todo o histórico do confronto, Low prega cautela contra o poderio ofensivo adversário.

“A Inglaterra segue sendo a Inglaterra. As partidas entre os dois países sempre têm uma carga emocional e uma força explosiva. A Inglaterra é uma equipe que sempre luta muito, que corre muito e é muito forte mentalmente”, disse Joachim Low.

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