25/06/2010 - 11h00

Após despedida melancólica, Cannavaro desabafa e diz que Itália foi medrosa

Do UOL Esporte
Em São Paulo

A queda da Itália diante da Eslováquia na última quinta-feira representou o adeus de uma das mais importantes figuras do futebol no país. Capitão na conquista do tetracampeonato em 2006, o zagueiro Fabio Cannavaro se despediu da Azzurra da pior maneira possível. Um dia após a eliminação na Copa do Mundo, o zagueiro desabafou pela derrota e disse que o time foi medroso no torneio.

“Esta é uma página negra na nossa história. Não tenho vergonha de dizer que chorei à noite após 14 anos na Azzurra. Você se sente obrigado a vencer quando tem quatro estrelas no peito. É natural sentir a pressão, mas tivemos medo, não podemos negar. Eu vi isso na cara dos meus companheiros”, destacou o zagueiro de 36 anos.

A Itália foi para a África do Sul com a missão de defender o título conquistado na Alemanha quatro anos atrás. Mas o time deixou o torneio com uma derrota, dois empates e a pior participação do país na história das Copas.

Cannavaro ressaltou que a campanha na África não pode apagar o que foi feito pela seleção em 2006. O capitão comentou que o time não foi tão mal nas duas primeiras partidas (empates por 1 a 1 contra Paraguai e Nova Zelândia). Porém, disse que a necessidade da vitória pesou contra a Eslováquia e por isso a Itália caiu de rendimento no último confronto.

“Tivemos medo e insegurança. Já a Eslováquia jogou tranquila, ao contrário de nós. Foi nossa pior partida. Não esperava deixar a seleção desta maneira depois de tudo o que passei nos últimos 14 anos. Mas isso não pode ocultar o que fizemos quatro anos atras”, completou.

Cannavaro também comentou sobre o futuro da Itália. O jogador também pediu por renovação na equipe e entoou o discurso que o país precisa se reestruturar no futebol para voltar a vencer.

“Qual é a solução? É mudar a mentalidade. Nosso mecanismo tem que mudar. Basta olhar para os estádios e ver a cultura que oferecemos quando vemos uma partida. Temos que pensar nos jovens e em como eles podem nos ajudar”, concluiu o capitão.

* Com agências internacionais

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