24/06/2010 - 18h39

Defensor hondurenho critica treinador à véspera de "decisão" com a Suíça

Das agências internacionais
Em Bloemfontein (África do Sul)

PRÓXIMO DA DESPEDIDA

  • Yuri Cortez/AFP

    Maior artilheiro da história da seleção hondurenha, Carlos Pavón está muito perto de se despedir da equipe nacional. O duelo com os suíços pode sacramentar a sua aposentadoria caso o time centro-americano não consiga a difícil missão de avançar às oitavas de final. Mesmo assim, o jogador de 34 anos já avisou que não pretende deixar o esporte.

    ?Não vou me retirar nunca do futebol. Mas depois do Mundial, vou dar adeus à seleção. Já cumpri o meu compromisso com o país?, disse o atacante, autor do gol da vitória sobre El Salvador na última rodada das eliminatórias. ?Classificar [a seleção] à Copa foi maravilhoso, foi como ver os meus filhos nascerem. O futebol vai estar sempre na minha vida. Quero ser treinador ou dirigente?, acrescentou.

Faltando menos de 24h para a partida que definirá a permanência ou não da seleção de Honduras na Copa do Mundo, Víctor Bernárdez resolveu polemizar e conturbar o clima da delegação da equipe centro-americana, que enfrenta a Suíça nesta sexta-feira, pela última rodada da fase de grupos. O defensor contestou o trabalho de Reinaldo Rueda ao alegar que o técnico está escalando o time de forma errada.

“Se vamos à guerra, temos que mandar os melhores homens, os de confiança. Acho que pecamos nesta parte”, declarou Víctor Bernárdez ao jornal hondurenho “Diez”. O camisa 5 defendeu a escalação de atletas que atuam na Europa. “Assim, considero que Edgar Álvarez [meia do Bari-ITA] e Hendry Thomas [meia do Wigan-ING] deveriam ter jogado contra a Espanha [na últimasegunda]”, acrescentou.

Sem ainda não disputar nenhum minuto nas duas partidas que Honduras realizou no Mundial-2010, o jogador do Anderlecht-BEL mostrou estar magoado por ainda não ser utilizado pelo treinador. “Vim para jogar, tinha essa expectativa. Um jogador sempre quer estar em campo no Mundial. Fico chateado, não por mim, mas pelas pessoas que demonstraram confiança em mim.”

Derrotada nas duas primeiras rodadas – Chile (1x0) e Espanha (2x0) -, a seleção hondurenha tem chances remotas de obter a classificação às oitavas de final, uma vez que amarga a lanterna do grupo H sem ainda pontuar. Para avançar, precisa superar a Suíça por uma boa vantagem de gols e ainda torcer por vitória dos chilenos sobre os espanhóis. Mesmo assim, o defensor tem esperanças.

“Sei que o povo hondurenho está chateado, ainda temos chances. Enquanto houver esperanças, vamos sonhar. Podemos ganhar da Suíça se tivermos os jogadores que sabem marcar gols e que suportam a pressão. Sem isso, não temos chances”, frisou.

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