Ministro pede que time de Camarões volte ao país, mas técnico quer segurança

Na última segunda-feira, a seleção de Camarões teve outra reunião tensa com o ministro dos Esportes do país, Michel Zoah, depois do treino na Cidade do Cabo. O representante do governo pediu que o time volte ao país para dar explicações ao povo sobre a eliminação precoce. Mas o técnico francês Paul Le Guen teme por sua segurança.

De acordo com o jornal camaronês Le Messager, Zoah não quer que todos os integrantes da delegação voem juntos para a capital Yaoundé depois da partida de despedida contra a Holanda na quinta-feira. “Vamos resolver nossos problemas em casa”, teria dito o ministro.

No entanto, o técnico Paul Le Guen teria exigido uma condição. Ele quer um dispositivo especial de segurança, pois sabe que tem sido muito criticado e não terá nenhuma festa de boas vindas em sua visita a Camarões – muito pelo contrário.

O Le Messager observou que Le Guen foi recebido com “tapete vermelho” quando assumiu o time há seis meses, mas lembra que “aqueles mesmos que orquestraram a festa da multidão em torno da chegada de Le Guen foram os primeiros a ‘vomitar’ depois da decepção e humilhação imposta ao povo camaronês depois da eliminação”.

O jornal ainda faz duras críticas à atitude do treinador, dizendo que “ele já havia assumido a responsabilidade” pela derrota contra a Dinamarca e que “se Le Guen pode ter razões para temer por sua segurança, o que é muito decepcionante, os camaroneses também têm que aprender a perder”.

Depois da derrota diante da Dinamarca que eliminou Camarões, Le Guen admitiu erros, mas negou a intenção de deixar o cargo: “Não irei me demitir. Reconheço o fracasso no Mundial, mas trabalhei para o bem da seleção. A partida de hoje mostrou que a equipe tinha alma, coisas a mostrar, por mais que não tenha se saído bem”, afirmou o ex-comandante do Lyon, da França.

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