Maradona ironiza juiz e rejeita 'Mão de Deus' em gol de Luís Fabiano

Eternizado pela “Mão de Deus”, Maradona não quis saber de comparações com o gol de Luís Fabiano contra a Costa do Marfim do último domingo. Um dia após a vitória brasileira por 3 a 1, o comandante da seleção argentina brincou sobre a jogada do centroavante canarinho, mas não poupou críticas com ironias ao árbitro francês Stéphane Lannoy por ter validado o lance.

“O gol dele foi com o braço. A verdade é que foi muito evidente. Mas o tragicômico foi o que aconteceu depois, o sorriso do árbitro. Contra a Inglaterra, não vi o árbitro rindo. Ele ficou na dúvida, olhando para o bandeirinha, para a torcida. O estranho é que o juiz de ontem [domingo] saiu rindo”, destacou o técnico.

Maradona protagonizou um dos lances mais polêmicos na história das Copas, quando marcou um gol com a mão em 1986 e eliminou a Inglaterra do torneio. Na ocasião, o jogador disse que “se houve mão na bola, foi a mão de Deus”, frase que ficou eternizada após o torneio.

No último domingo, Luís Fabiano anotou seu segundo gol diante da Costa do Marfim depois de dominar a bola duas vezes com o braço. Depois do duelo, o brasileiro afirmou que colocou o braço na bola sem querer, com uma “Mão Santa involuntária”.

“Não foi uma Mão Santa. Foi uma Mão Santa involuntária. O que vale mais foi a pintura do gol. A malandragem conta muito. Foi um dos gols mais bonitos da minha carreira", destacou o camisa 9, que negou para o juiz durante o jogo que tivesse utilizado o braço na jogada.

Para Maradona, o lance teve grande influência no resultado final. Apesar disso, ele tentou minimizar o ocorrido e voltou a afirmar que o Brasil segue como favorito para a conquista do título.

“Era um momento importante da partida porque deixou o Brasil com 2 a 0 e praticamente encerrava o jogo. Tudo bem, pode passar. Hoje estamos falando que o Brasil não joga bem, mas define as partidas quando tem que definir. Segue como o grande favorito”, completou.

Maradona também aproveitou a entrevista coletiva para opinar sobre o rumo do Mundial até o momento. Além de elogiar o Brasil, o treinador falou bem de México por ser uma equipe ofensiva e lamentou a crise da França por estar em uma situação ruim, mesmo com a qualidade do seu plantel.

“O México é sólido atrás, mas ataca permanentemente. O Brasil também está bem porque define as partidas, com ou sem mão [risos] de Luís Fabiano, com Maicon e um goleiro [Júlio César] que não tem nenhum problema. Mas fiquei desiludido com a França. Todos esperavam que ela estaria melhor e não assim”, concluiu.

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