Jogadores franceses e técnico Domenech em treino da França |
A imprensa europeia ironizou nesta segunda-feira a “novela tragicômica” dos jogadores da França no Mundial de 2010, qualificando de Segunda Revolução Francesa a negativa dos jogadores a treinar neste domingo após a exclusão de Anelka. “Com um pouco de antecedência a data histórica de 14 de julho, os jogadores franceses tomaram a Bastilha, símbolo do poder tirânico da Federação, para tratar de liberar o prisioneiro Nicolas Anelka”, publicou o periódico italiano Corriere della Serra”. Os ingleses também seguiram o mesmo tom. “Revolução Francesa II”, brincou o The Sun como se fosse a sequência de um filme. “A saída de Anelka foi o estopim para o início do motim francês”, complementou o Daily Telegraph. |
A imprensa francesa reagiu com desprezo e escárnio ao falar sobre a crise da seleção nesta segunda-feira após os jogadores boicotarem uma sessão de treinos na África do Sul para protestar contra a exclusão de Nicolas Anelka do grupo.
Numa rara demonstração de unanimidade, jornais nacionais e regionais veem um time de covardes, não poupam críticas aos jogadores, ao técnico Raymond Domenech e a Federação Francesa de Futebol por serem co-responsáveis por uma crise que envergonhou o esporte e a nação.
“Uma rebelião? Não, um capricho. Uma greve? Não, uma covardia. Não se engane. A solidariedade republicana que os jogadores mostraram é uma ilusão. A [Federação Francesa] criou uma farsa; sua espuma é apenas uma bomba de fedor que continua a explodir”, vociferou o L’Equipe.
“Todos os dias, ‘os Bleus’ caminham contra as fronteiras do aceitável...um bando de crianças mimadas, que se sentem livres para fazerem o que desejam e desrespeitar uma hierarquia, não tem limite, não tem senso de dever à beira de uma partida tão decisiva quanto o duelo contra a África do Sul”, emendou o Le Parisien.
Já o Vosges Matin critica o fato de a seleção francesa ter muitos jogadores endinheirados e não mostrar futebol em campo. “O espetáculo feito por esta equipe de multimilionários é uma vergonha para todos os franceses”.
Talvez o diário mais feroz em suas críticas ao selecionado francês tenha sido o Le Fígaro. “É um suicídio coletivo...a seleção francesa proporcionou um espetáculo ridículo na frente do mundo inteiro ontem em Knysna. O “campo dos sonhos” se tornou um conjunto de um pesadelo. Era quase alucinatória. É um psicodrama que vai ficar na história da Copa do Mundo. A equipe francesa tem sido reduzida a cinzas”.
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