Filippo Monteforte/AFP

Chiellini (dir), ao lado de De Rossi, lamenta chance perdida contra a Nova Zelândia

21/06/2010 - 06h00

Itália e França fazem pior início de ex-finalistas em Copas do Mundo

Do UOL Esporte
Em São Paulo

ACOSTUMADA A SOFRER

  • Campeã e vice em 2006, Itália e França ainda não venceram, o que é algo inédito nas Copas. Mas a Itália também começou assim na Copa de 1982...

A “zebra” da Nova Zelândia não chegou a assustar os italianos, acostumados com tropeços em início de Copa. Mas o empate por 1 a 1 contra a seleção de pior ranking do Mundial rendeu uma marca negativa para os defensores do título. E também para os franceses, vice-campeões em 2006.

Esta é a primeira vez que nem o campeão mundial nem o vice conseguem vencer nenhuma das duas primeiras partidas em uma Copa do Mundo. Na África do Sul, até agora, a Itália empatou seus dois jogos, e a França acumulou um empate e uma derrota.

Para os italianos, nem o constrangimento de se igualar ao time semi-amador da Nova Zelândia abala a confiança do time. Afinal, esta é a terceira vez que a Azzurra começa uma Copa com dois empates. Em 1982 e 1986 foi a mesma coisa, e eles conseguiram se classificar.

Em 1982, por sinal, os italianos começaram empatando seus três primeiros jogos, contra Polônia, Peru e Camarões. Mesmo assim, eliminaram o Brasil e conquistaram o título.

A situação da França é mais condizente com o recorde negativo alcançado pelos finalistas de 2006. O time ainda não fez nenhum gol nesta Copa, e a derrota por 2 a 0 para o México diminuiu bastante as chances de classificação. Para piorar, a seleção francesa passa por uma grave crise interna.

Um dia depois de Nicolas Anelka ser dispensado da seleção para o restante da Copa por insultar o treinador Raymond Domenech, os jogadores fizeram uma reunião no domingo e decidiram cancelar o treino. A decisão foi tomada logo depois que o preparador físico se desentendeu com Patrice Evra e tentou agredir o lateral.

ESCALE A SELEÇÃO DA ITÁLIA

  • Arte UOL

Já na Itália, o principal problema apontado pelo técnico Marcello Lippi é a ineficiência do ataque. Nem o fraco desempenho da defesa, que tomou dois gols em dois jogos, preocupa mais do que a falta de agressividade.

"Devemos fazer mais no ataque. Não acho que seja uma questão de jogadores ou esquemas. Mas temos de ser mais eficazes. Não posso atribuir nada aos jogadores nem questionar seu nível de comprometimento. Eles tentam fazer da melhor maneira possível", indicou o treinador.

No empate com a Nova Zelândia pela segunda rodada do grupo F, a Itália arriscou 23 chutes a gol, sendo 16 na direção certa. Contra a Eslováquia, no dia 24, ou a Azzurra melhora a pontaria, ou correrá um sério risco de ser traída pelo seu próprio histórico.

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