21/06/2010 - 10h57

Árbitros usam alto falantes em treinos para se familiarizarem com as vuvuzelas

Das agências internacionais
Em Pretória

A vuvuzela ganhou a queda de braço contra os críticos e seguirá fazendo barulho nesta Copa. Restaram aos árbitros se acostumarem às cornetas. Para isso, um grupo de juízes do Mundial participa de treinos simulações de jogo utilizando alto falante ao fundo. A ideia da Fifa é aprimorar o comando do jogo sob os “gritos” das vuvuzelas.

As simulações estão sendo feitas na universidade Odendaal, em Pretória. No teste, indivíduos recriam jogadas de ataques contra defesa, além de diversas situações de jogo. Um alto falante é colocado no campo, produzindo som em alto volume.

Mesmo com o alto falante no máximo, o árbitro apita faltas, impedimentos e outras ações.

Na avaliação do representante do departamento de árbitros da Fifa, o espanhol José Garcia Aranda, a estratégia pode facilitar na familiarização do barulho provocado pelas vuvuzelas.

“Os árbitros podem experimentar ações reais dos jogos em treinamentos, pois é isso que eles encontrarão. São mecanismos que podem contribuir no rendimento do árbitro em campo”, diz Aranda

Fabricadas na China, as vuvuzelas colecionam admiradores e desafetos. Algumas redes de TV pelo mundo optaram por reduzir drasticamente o som dos jogos, alegando que o barulho da vuvuzela irrita os telespectadores.

Afirmando ser o criador do instrumento, Neil Van Schalkwyk pede desculpas a quem tanto critica a vuvuzela.

“Eu já perdi muitas horas de sono, então peço sinceras desculpas a vocês que estão nos visitando e também não conseguem dormir”, disse.

Para o presidente da Fifa, Joseph Blatter, as vuvuzelas devem continuar por serem “a essência da África”. Até mesmo o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, o Arcebispo Desmond Tutu, falou em defesa das vuvuzelas, o que só fez aumentar a alegria de Van Schalkwyk pelo sucesso de sua criação.
 

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