Stuart Franklin/Getty Images

Luís Fabiano domina a bola com a mão no lance do segundo gol do Brasil

20/06/2010 - 17h21

Vaiado após replay, Luís Fabiano diz que 'mão santa' foi involuntária

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Johanesburgo (África do Sul)

Depois de ser muito aplaudido por seu segundo gol na partida, no início do segundo tempo, Luís Fabiano terminou vaiado, assim que a imagem da jogada foi exibida por todos os ângulos no telão do Soccer City. Ficou claro para o público que o atacante brasileiro ajeitou a bola com o braço.

Na saída do campo, após a partida, o camisa 9 minimizou o lance e disse que não teve a intenção de por a mão na bola. “Não foi uma mão santa. Foi uma mão santa involuntária. O que vale mais foi a pintura do gol. A malandragem conta muito”, afirmou. "Foi um dos gols mais bonitos da minha carreira", acrescentou.

A torcida brasileira, presente em bom número, foi tímida durante a partida. No primeiro tempo, ensaiou um coro de “ê, ê, ô Brasil!” e nada mais. No segundo tempo, com a vitória se desenhando com mais facilidade, gritou o nome de “Luis Fabiano” e apoiou a seleção com mais entusiasmo.

“Saíram os gols. Vinha treinando muito e o gol não queria sair, mas sabia que uma hora ia acontecer. Também sabia que hora que saísse um, vários viriam em seguida. Foi muito difícil e muito batalhado”, afirmou Luis Fabiano.

Apesar de ter marcado um gol irregular, o camisa 9 ainda fez queixas ao árbitro francês Stephane Lannoy. "Foi um jogo feio, desleal. Tão desleal que o juiz acabou tirando o Kaká que não fez nada", comentou o jogador ao falar sobre a expulsão do meia da seleção.

O atacante também comemorou o fim do jejum de gol, já que não marcava pela seleção brasileira há seis jogos. “É muito importante ter a confiança e do técnico e dos companheiros para não desanimar nunca. Vinha trabalhando tranquilo, pois vinha de um período de lesão, não me apresentei 100%, mas continuei tendo a confiança de todos.”

Os sul-africanos torciam claramente pela Costa do Marfim. Isso ficou nítido não apenas na vaia a Luis Fabiano como no silêncio depois da falta violenta de Tiotê em Elano, mostrada em detalhes no telão, que não provocou nenhuma reação. A torcida também vaiou a decisão do árbitro de dar cartão amarelo a Keita depois de uma falta dura em Michel Bastos.

Quando os marfinenses iam ao ataque, os gritos da torcida e das vuvuzelas se intensificavam, em outro sinal da simpatia do público local pela equipe africana. Depois do gol de Drogba, a animação aumentou. A expulsão de Kaká foi bem comemorada no estádio. O Soccer City registrou a presença de 84.455 espectadores.

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