Tristes com time local, anfitriões se dividem entre Brasil e Costa do Marfim

A seleção da África do Sul decepcionou seu povo nos dois primeiros jogos da Copa do Mundo. Empatou com o México e depois perdeu por 3 a 0 do Uruguai. Agora, os anfitriões do Mundial começam a buscar novas equipes para apoiar. E Brasil e Costa do Marfim já começaram a se beneficiar desse fenômeno neste domingo, quando se enfrentam no Soccer City.

Nos arredores do principal estádio da Copa, os sul-africanos se mostraram divididos. Parte torcerá pela seleção brasileira, parte apoiará os marfinenses. Os motivos alegados se repetem.

Os que preferem o Brasil elogiam o futebol pentacampeão e se rendem ao talento de Kaká e Robinho. Os novos fãs da Costa do Marfim alegam que é melhor torcer por uma seleção do continente africano, pela primeira vez recebendo uma Copa do Mundo.

“Eu sou Brasil porque adoro o Kaká e o futebol. Só os brasileiros sabem sambar em campo”, resumiu Mimi, acompanhada pelo marido David. “Já eu prefiro torcer pelos países africanos, como Costa do Marfim e Gana”, emendou ele.

Para Joshua, outros sul-africano trajado com as cores da Costa do Marfim, a identidade africana é o mais importante neste momento em que a África do Sul tem poucas chances de se classificar às oitavas de final.

“Os Bafana Bafana estavam muito confiantes, muito animados, mas faltou futebol. Como a seleção não disputou as eliminatórias e ficou dependendo de amistosos, acho que não se preparou tão bem como os adversários”, opinou Joshua.

O número de brasileiros no Soccer City também é grande neste domingo. Novamente muitas bandeiras de clubes desfilam pelo estádio. A expectativa de muitos torcedores é por uma apresentação mais convincente da equipe de Dunga, que na estreia bateu a inexpressiva Coreia do Norte por 2 a 1, no Ellis Park.

“Espero que o Kaká e o Luís Fabiano joguem melhor hoje. Espero bastante dos dois. O time precisa do Kaká armando e do Luís Fabiano para fazer os gols, tanto é que Elano e Maicon precisaram fazer os gols do primeiro jogo. Será 2 a 0”, palpitou o campineiro Fábio Gonçalves, carregando uma bandeira da Ponte Preta.
 

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