Os holofotes do grupo E estavam voltados para a Holanda. E a seleção comandada por Bert van Marwijk está mesmo em alta. A Laranja Mecânica é a primeira equipe classificada para as oitavas de final da Copa do Mundo. No entanto, a vaga foi ratificada com um futebol sem brilho e por coadjuvantes que assumiram o protagonismo na chave e sacramentaram também a eliminação precoce de Camarões.
Eto'o marcou, mas deixou o campo cabisbaixo após a eliminação precoce de Camarões na Copa
Dinamarquês Bendtner (d) fez um dos gols de sua seleção, que segue viva na competição na África
Holanda e Japão abriram a segunda rodada do grupo E em duelo de líderes, já que as duas seleções haviam estreado com vitória. O esperado futebol bonito e ofensivo foi novamente deixado de lado pelos europeus, que pararam na forte retranca nipônica. E o 1 a 0 que assegurou a liderança isolada dos “laranjas” foi ofuscado pela partida secundária da chave.
Em situação complicada, Dinamarca e Camarões fizeram um jogo aberto e com dose extra de emoção. Uma derrota significaria a eliminação. E as seleções partiram para o ataque e criaram diversas chances de gol. Dos quatro duelos disputados na chave, este foi o confronto com maior número de chutes a gol: 36 tentativas, sendo 23 de Camarões e 13 da Dinamarca.
Os personagens principais da partida foram justamente estrelas que têm seus brilhos ofuscados também pelos “laranjas”. Bendtner e Eto’o convivem com o foco apontado para os astros holandeses Sneijder e Robben. Mas, após uma rodada apagada, os atacantes dinamarquês e camaronês cumpriram seus papéis e comandaram suas equipes neste sábado.
Enquanto os holandeses ainda deixam a desejar – Robben sequer atuou porque se recupera de lesão muscular -, Bendtner e Eto’o fizeram jus a seus status de estrelas dos times. O camisa 11 foi o jogador mais acionado da Dinamarca, com 28 bolas recebidas, segundo o Datafolha, e ainda marcou um dos gols da vitória.
Eto’o recebeu 40 bolas, finalizou quatro vezes e marcou o único gol na derrota que eliminou Camarões. Embora tenha anotado o tento decisivo no triunfo sobre o Japão, o holandês Sneijder ainda está devendo. “Não exibimos nosso melhor futebol, mas somar seis pontos em duas partidas é uma alegria. Algumas equipes grandes não podem dizer o mesmo”, cutucou.
O futebol vistoso foi deixado de lado e a Holanda utilizou o estilo burocrata, mas eficiente nas duas primeiras rodadas. O resultado é a classificação antecipada para o mata-mata da Copa. Camarões, ao contrário, amarga a queda mesmo com o desempenho mais aberto e agressivo.
“Nos faltou eficácia na pontaria. Tivemos muitas chances claríssimas e não convertemos. Estivemos mal na definição, mas a sensação é que nos esforçamos ao máximo esta noite [sábado]”, lamentou o criticado técnico Paul Le Guen, de Camarões. O treinador teve sua escalação da estreia contestada publicamente e uma crise de relacionamento assolou o time.
Favorita e protagonista da chave, a Holanda terá novamente que se contentar com a atenção voltada para os coadjuvantes. Na última rodada, às 15h30 de quinta-feira, os holofotes estarão apontados para a ‘decisão’ Dinamarca x Japão, que define o segundo classificado do grupo E. Camarões se despede da primeira Copa do Mundo em seu continente em jogo sem pretensões contra a Laranja Mecânica, que tem em Robben a chave para despertar algum interesse a mais no jogo.
*Com agências internacionais
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