20/06/2010 - 13h24

Brasileira reclama da falta de acesso para cadeirantes no Soccer City

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer

Em Johanesburgo (África do Sul)

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APOIO Jogador que mais defendeu a seleção em Copas, Cafu chegou ao estádio no meio da torcida e mostrou confiança no time de Dunga. Apostou em novo triunfo: "hoje vai ser 2 a 0 Brasil"
TORCIDA EXTRA A África do Sul decepcionou seu povo nos primeiros jogos. Os anfitriões começam a buscar novos times para apoiar. E Brasil e Costa do Marfim começaram a se beneficiar do fenômeno

Em meio à multidão de brasileiros chegando ao Soccer City para a partida entre Brasil e Costa do Marfim, neste domingo. Fernanda Lourenço chama a atenção pela disposição. Com graves dificuldades de locomoção, ela se move em uma cadeira de rodas e conta com o apoio de dois amigos, irmãos, que a acompanham na aventura.

“Sem eles, eu não poderia estar aqui”, diz Fernanda, sobre Wagner e Franklin dos Santos. “São eles que me carregam em todas as viagens”, conta. “É incrível a África do Sul fazer um estádio deste, novinho, com tão poucas facilidades de acesso para pessoas em cadeiras de roda”, protesta.

A dificuldade não desanima a carioca Fernanda. Ela conta que esteve na Copa da Alemanha, em 2006, e nunca deixa de viajar. “A melhor coisa é essa animação”. Com ingresso para um dos camarotes do Soccer City, a torcedora aguardava o momento de entrar no estádio na mesma fila que os demais torcedores.

Diferentes empresas brasileiras compraram camarotes no Soccer City, entre as quais a AmBev. BMG e Visa. Os convidados são funcionários, revendedores ou representantes premiados.