1. EUA x China, Final do Mundial feminino, 1999
2. Brasil x Itália, Final da Copa de 1994
3. Brasil x EUA, oitavas de final da Copa de 1994
4. Itália x França, final da Copa de 2006
5. EUA x Inglaterra, 1ª rodada da Copa de 2010
O futebol está em nítido processo de popularização nos Estados Unidos, e a Copa na África do Sul é o maior exemplo disso. Os americanos surpreenderam o mundo ao liderar a lista dos países que mais compraram ingressos para a Copa de 2010 diretamente da Fifa: cerca de 140 mil, o maior entre todos os países, mais do que a soma dos tíquetes adquiridos por ingleses e alemães.
A partida de estreia dos americanos, contra a Inglaterra, bateu recordes de audiência na televisão local. Apesar de ter hospedado uma Copa há relativamente pouco tempo, em 1994, os EUA sonham receber novamente o torneio, em 2022, e exibem esses números como uma espécie de cartão de visitas da sua candidatura. Em dezembro, serão conhecidos os países-sede das Copas de 2018 e 2022.
É verdade que o número de 140 mil ingressos não distingue americanos de estrangeiros que vivem nos EUA, como mexicanos e italianos, entre outros. Ainda assim, sinaliza um crescente interesse dos americanos pelo “soccer”.
Segundo Neil Buethe, assessor de comunicação da seleção americana, em 2006, os EUA tiveram direito a 8% dos ingressos para os três jogos da primeira fase. Isso representou um total de 10 mil ingressos, para os quais se formou uma fila de 40 mil pessoas. O total vendido em 2006 é superior à soma dos ingressos comprados por americanos nas Copas de 1990, 1998 e 2002.
“Esses números reforçam nosso argumento para hospedar a Copa de 2022”, diz Buethe. Se a Copa de 2018 for mesmo na Europa, como se prevê, os EUA disputam o direito de sediar o Mundial quatro anos depois com Austrália, Catar e Egito.
A partida entre EUA e Inglaterra pela primeira rodada da Copa foi a quinta mais assistida na história da televisão americana. Significa que 17 milhões de americanos ficaram diante da tevê, um número ínfimo comparado aos 106 milhões que assistiram à final do campeonato de futebol americano em fevereiro, mas o dobro dos que assistiram à estréia dos EUA na Copa de 2006 e uma audiência também superior à final da temporada 2009/2010 de hockey, outra paixão americana.
Parte da popularidade recente do futebol nos EUA pode ser creditada ao sucesso da seleção na Copa das Confederações, em 2009, na qual a seleção “yankee” bateu a Espanha nas semifinais por 2 a 0 e chegou a marcar 2 a 0 no Brasil, na final, antes de levar a virada no segundo tempo e perder por 3 a 2.
Ainda que os números sejam positivos, ainda há muito ceticismo sobre as chances de o futebol ser um dia um esporte muito popular nos Estados Unidos. “O problema é que somos muito fortes em outros esportes”, diz Dan Oved, à entrada do Ellis Park, em Johanesburgo, para assistir EUA e Eslovênia. Outros problema, diz o californiano, é que “a liga americana de futebol é muito fraca e chata”.
Ao seu lado, outro californiano, Tyler Kurlas, exemplifica bem o tipo de torcedor americano que comprou ingressos para a Copa de 2010. “Não sou muito fã de futebol”, diz. “Vim mais pela diversão e pela oportunidade de conhecer a África do Sul”.
Entre a comunidade de “chicanos”, ou descendentes de latino-americanos, o futebol já é um esporte bem popular, ainda assim de um jeito bizarro, como mostra o Jay Valez, descendente de equatorianos, vestido com um uniforme de um time de beisebol no Ellis Park. “Gosto tanto de futebol quanto de beisebol. E o futebol só não é ainda mais popular porque não ganhamos um torneio importante. Ainda”, diz Valez. Será?
Jogos, resultados, preparação das equipes e muito mais.
Fique por dentro das notícias mais importantes do dia direto da África do Sul
Você receberá em média 30 mensagens por mês, sendo uma por dia.
Para Assinar
Envie uma mensagem com o texto VW para 30131.
Para Cancelar
Envie uma mensagem com o texto SAIR para 30131.
Importante: Todo o processo de assinatura e o recebimento de mensagens será gratuito