Sem Zidane, França perde referência e agoniza sem inspiração ofensiva

Com Zinedine Zidane como referência, a França disputou três Copas do Mundo, sendo campeã em 1998 e vice em 2006. Em 2010 e sem o seu principal ídolo, os Bleus perderam a referência e agonizam por causa da falta de inspiração ofensiva. Apontado como sucessor do ex-jogador, o meia Yoann Gourcuff fracassou na difícil missão de substituir Zizou.

Na derrota desta quinta-feira - 2 a 0 para o México - o meia do Bordeaux nem entrou na partida. Apesar da necessidade de um meia, o contestado técnico Raymond Domenech preferiu não escalar o seu melhor jogador para a posição. A prova do quanto a França precisa de inspiração no ataque está nos números. O time ainda não marcou nesta Copa do Mundo, após duas partidas disputadas. E para piorar corre sérios riscos de ser eliminada precocemente da competição.

Muito embora Domenech tenha colaborado ao não convocar destaques como Karim Benzema, o fato é que a França perdeu referência ofensiva após a saída de Zidane. Outro destaque desta geração, Franck Ribéry não consegue se adaptar no papel do campeão mundial de 1998.

Tido como principal nome para cumprir tal função, pela boa campanha pelo Bayern de Munique na última Liga dos Campeões, Ribéry esteve muito aquém do que pode render no Mundial até o momento. O atleta foi muito bem marcado por uruguaios e mexicanos.

Outros nomes que poderiam exercer esta função, como Thierry Henry, foram deixados no banco por Domenech, que apostou em valores sem expressão mundial, como Andre-Pierre Gignac, que se destacou apenas na Liga Francesa, e Mathieu Valbuena, surpresa na lista para a Copa.

Com todos esses fatores citados, se a França não vencer a África do Sul, tudo se encaminha para uma despedida melancólica de Domenech do selecionado francês, já que Laurent Blanc está confirmado para comandar os Bleus após a Copa do Mundo.

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