18/06/2010 - 19h46

Erros de arbitragem voltam a assombrar a Copa do Mundo

Do UOL Esporte
Em São Paulo

JUÍZES QUE APITAM OS PRÓXIMOS JOGOS

Hector Baldassi (Argentina)
Árbitro experiente em nível sul-americano por ter já apitado final da Copa Sul-Americana e da Taça Libertadores da América
Jorge Larrionda (Uruguai)
Um dos melhores da América, marcado recentemente por ter expulsado Kleber com 20s do duelo São Paulo x Cruzeiro
Eddy Maillet (Ilhas Seychelles)
Tem como principal jogo no currículo a terceira partida eliminatória entre Argélia e Egito. Fala inglês, francês e creole
Carlos Batres (Guatemala)
O árbitro guatemalteco tem por característica distribuir muitos cartões, média de cinco por partida que ele está em campo
Stephane Lannoy (França)
Tem pouca experiência internacional, pois foi promovido para a elite da arbitragem européia apenas no último ano
Pablo Pozo (Chile)
Cinco dias antes da partida entre Eslovênia e Argélia pela Copa do Mundo de 2010, ele se machucou em um treino e foi substituído

Após oito dias de jogos, os árbitros roubaram a cena e se tornaram os protagonistas da Copa do Mundo da África do Sul. O espanhol Alberto Undiano tumultuou a partida entre Alemanha e Sérvia e o malinês Koman Koulibaly anulou indevidamente um gol dos Estados Unidos no empate com a Eslovênia. Para as próximas rodadas, o trabalho da arbitragem ficará novamente no centro das atenções. Jogadores e treinadores ganharam motivos para se preocuparem.

O Mundial de 2002, realizado na Coreia do Sul e no Japão, foi marcado pelos enganos e marcações desastrosas de árbitros. Erros em dois jogos ficaram mais famosos e comprometeram a classificação final da Copa. O equatoriano Byron Moreno anulou um gol legal de Tommasi para a Itália e salvou a Coreia do Sul da eliminação. Novamente a Coreia foi beneficiada contra a Espanha graças ao trabalho mal feito pelo árbitro egípico Gamal Ghandour, que anulou dois gols legais da Espanha. Com tanto apoio, a Coreia, uma das anfitriãs do Mundial, alcançou as semifinais.

Quatro anos depois, em 2006, os árbitros deram um descanso às manchetes de jornais e não comprometeram. Em 2010, na África do Sul, a Fifa volta a ter motivos para se preocupar.

Dificilmente Undiano e Koulibaly voltarão a apitar neste Mundial. A Fifa já definiu árbitros para os confrontos da segunda rodada e uma de suas principais obrigações será avaliar o trabalho dos juízes escalados. Para os próximos seis jogos, por exemplo, quatro árbitros escolhidos têm pouca experiência.

A partida entre Eslováquia e Paraguai será comandada por Eddy Maillet, juiz das Ilhas Seychelles, que fala três idiomas, mas seu currículo destaca apenas jogos realizados pelas eliminatórias africanas. Itália e Nova Zelândia será conduzida por Carlos Batres, da Guatemala, famoso por disparar cartões amarelos para todos os lados.

O jogo entre Brasil e Costa do Marfim receberá o francês Stephane Lannoy, 40 anos, que tem pouca experiência internacional. Seu maior feito foi participar dos Jogos Olímpicos de 2008. O chileno Pablo Pozo, um dos mais jovens da Copa (37 anos) é o encarregado de conduzir Portugal e Coreia do Norte.

Os jogos premiados com árbitros experientes são Holanda e Japão (o argentino Hector Baldassi) e Camarões e Dinamarca ( o uruguaio Jorge Larrionda).

Lambanças do dia

Na vitória da Sérvia sobre a Alemanha, e espanhol Undiano distribuiu oito cartões amarelos. Dois deles foi para o atacante Miroslav Klose que, consequentemente, foi expulso de campo e deixou a Alemanha desfalcada. Para a imprensa europeia, Undiano foi muito rigoroso, principalmente no segundo cartão amarelo apresentado a Klose. Segundo os jogadores alemães, a falta do atacante foi “leve, sem deslealdade”, e não merecia punição elevada.

O erro do malinês Koulibany foi muito mais determinante para o resultado final do confronto entre Estados Unidos e Eslovênia. A partida estava empatada em 2 a 2 quando o juiz anulou indevidamente o gol de Maurice Edu, alegando falta de ataque.

“Não sei por que o gol foi anulado. Neste momento ninguém sabe”, disse Bob Bradley, treinador dos EUA. “Não sei como nos roubaram o terceiro gol. Está muito muito mal, porque acredito que foi um gol legal”, comentou o meia Landon Donovan.
 

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