Domínio em Copas e fantasmas olímpicos marcam duelos Brasil x africanos

Enfrentar times africanos, como acontecerá neste domingo contra a Costa do Marfim, nunca foi problema para o Brasil em Copas do Mundo. O domínio verde e amarelo é absoluto. No entanto, seleções do continente que recebe esse Mundial já causaram duras eliminações em Olimpíadas. A meta, então, é fazer com que os fantasmas olímpicos não assombrem o time de Dunga.

A seleção principal é arrasadora contra países da África. Na história das Copas, foram cinco jogos e cinco vitórias. São 13 gols marcados e nenhum sofrido. Gana, Marrocos, Camarões, Argélia e Zaire sentiram isso na pele.

O histórico geral também não deixa dúvidas. A seleção totaliza 23 vitórias em 24 jogos contra africanos. O único revés aconteceu diante de Camarões, em junho de 2003, no 1 a 0 sofrido pela Copa das Confederações. Nas demais partidas, África do Sul, Argélia, Camarões, Egito, Gana, Marrocos, Nigéria, Tunísia e Zaire foram as vítimas.

As lembranças só não são melhores porque, embora sejam da equipe olímpica, pelo menos duas derrotas para africanos marcaram o Brasil. As eliminações para Nigéria, nos Jogos de 1996, e para Camarões, quatro anos mais tarde, em Sidney, remetem a uma fase do crescimento do futebol africano e de zebras decorrentes disso.

Neste domingo, às 15h30 (de Brasília), a seleção de Dunga tenta fazer valer diante da Costa do Marfim o histórico vitorioso das Copas. Até porque mesmo um empate poderia tornar obrigatória a vitória sobre Portugal na terceira rodada dependendo dos outros resultados do grupo.

Os jogadores estão atentos ao perigo. Alertam para os riscos que podem surgir. “As dificuldades vão só aumentando agora. O próximo jogo será complicado, a Costa do Marfim é um time de mais força. Depois tem Portugal, um time mais técnico que lembra mais o estilo brasileiro”, analisou Nilmar.

Embora a seleção espere uma postura ofensiva da Costa do Marfim, os africanos mostraram diante de Portugal, na estreia, que podem dar prioridade à defesa. “Quando se enfrenta um time que joga só para marcar, o segredo é fazer o gol rápido, até os 15min do primeiro tempo”, completou Robinho.

Brasil e Costa do Marfim nunca se enfrentaram com seus times principais. Os dois jogos que fizeram foram em Mundiais das categorias de base: em 1977, na Tunísia, empataram por 1 a 1. Já em 1991, o Brasil superou os marfinenses por 2 a 1, em torneio disputado em Portugal.

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