Uruguai muda tática, atropela país-sede e vira exceção no grupo A

Na sua estreia da Copa do Mundo, o Uruguai padeceu de ligação entre o meio e o ataque, abusou do “lançamento direto” e não saiu do empate sem gols com a França. Ciente disso, o técnico Oscar Tabárez mudou a tática, recuando o atacante Diego Forlán.

A alteração deu certo, pois o Uruguai venceu os anfitriões sul-africanos por 3 a 0 e ficou a um passo das oitavas. Além disso, Forlán fez dois gols e foi o destaque do jogo, como reconheceu o próprio técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira depois da partida.

O Datafolha comprova a boa partida do artilheiro da Copa-2010 (até o fim das partidas desta quarta-feira). Forlán recebeu seis bolas a mais do que contra a França (39 a 33), deu 98 passes a mais (346 a 248) e teve 101 atuações a mais (599 a 498).

E capitaneado por Forlán, o ataque do Uruguai produziu muito mais na segunda rodada. Foram 19 finalizações contra a África do Sul, 12 a mais do que no empate sem gols contra a França.

Mas Parreira desprezou os números e viu uma partida igual apesar do 3 a 0 que sofreu. “O resultado não correspondeu com a realidade do jogo, pois o Uruguai aproveitou as poucas oportunidades que teve. Os goleiros trabalharam pouco na partida”.

A retomada do bom desempenho ofensivo somada à solidez do sistema defensivo apresentada nos dois jogos que fez na Copa (não levou gols) torna o Uruguai uma seleção que pode ir mais longe no Mundial. Mas Forlán optou por conter a euforia.

“Fizemos um bom jogo defensivamente e aproveitamos as chances no ataque, mas deixaremos para os outros a empolgação. Nós estamos tranquilos. É um grupo difícil e está tudo muito equilibrado. Não podemos pensar mais na frente, mas sim passo a passo”.

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