Meio-campista diz que Uruguai "tem outras qualidades além da garra"

Quando se fala em seleção uruguaia, fica difícil fugir do estereótipo de uma equipe baseada na garra e na força física de seus jogadores. Para o meio-campista Diego Pérez, a Celeste Olímpica tem outras qualidades.

“Conversamos todo o tempo sobre nosso empenho. Evidentemente, é algo que está em nós, na cultura do nosso futebol. Mas acabamos ficando prisioneiros dessa imagem. Não importa o que a gente faça, as pessoas só se lembram disso, da garra charrúa”, afirmou, em entrevista ao site da Fifa.

Pérez destacou a qualidade técnica dos jogadores uruguaios. “Quando se joga com Diego Forlán, Luis Suárez ou Ignacio González, e com laterais da qualidade dos nossos, não há como ser mais técnico. Mas, mesmo assim, ainda escutamos sempre comentários sobre a nossa agressividade”, comentou.

Sobre o empate sem gols na estreia contra a França, o meio-campista lamentou a falta de experiência de equipe, mas ressaltou a superação. “Uma primeira partida na Copa do Mundo é sempre difícil, especialmente contra uma equipe com muito mais experiência do que a nossa. No Uruguai, somente dois jogadores disputaram um Mundial antes. No entanto, nós conseguimos controlar o adversário, que não jogou melhor do que nós”, analisou.

Ele ainda disse o que espera dos próximos adversários da Celeste Olímpica. “Estamos acostumados a enfrentar o México nos torneios sul-americanos, conhecemos o seu estilo no que diz respeito à rapidez de jogo e à motivação. Quanto à África do Sul, considerando o apoio do público, esperamos um jogo muito difícil, com uma pressão grande da parte deles, reforçada pelo entusiasmo das arquibancadas”, completou.

Nesta quarta-feira, o Uruguai volta a campo pelo grupo A. A Celeste Olímpica enfrenta a África do Sul em Pretória às 15h30 (horário de Brasília).

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