15/06/2010 - 12h26

Marcelo Lippi acredita em evolução da Itália durante a Copa do Mundo

Das agências internacionais
Em Irene (África do Sul)
  • Marcello Lippi acredita que a Azzurra crescerá durante a competição e não se incomodou com o empate na estreia

    Marcello Lippi acredita que a Azzurra crescerá durante a competição e não se incomodou com o empate na estreia

Começar devagar não é novidade para a Itália, e o técnico Marcello Lippi não ficou nem um pouco chateado após a Azzurra iniciar a defesa de seu título com um empate em 1 a 1 contra o Paraguai.

Quando a Itália conquistou o tri em 1982, Paolo Rossi e companhia também empataram na estreia em 0 a 0, contra a Polônia. Em 1994, quando o time também foi à final, mas perdeu para o Brasil, Arrigo Sacchi viu seus comandados serem derrotados na primeira partida pela Irlanda, por 1 a 0.

“Numa Copa do Mundo, nós construímos o comportamento, a confiança e melhoramos nossas condições jogo a jogo”, disse Lippi, nesta terça-feira, um dia após a partida na Cidade do Cabo. “Eu nunca vi um time começar com 100% e manter esse ritmo após sete jogos”, continuou, referindo-se à Itália, apenas. O Brasil conquistou as Copas de 1970 e 2002 com vitórias em todas as partidas.

Há quatro anos, a seleção italiana começou a campanha do título com uma vitória sobre Gana (2 a 0), mas empatou em seguida com os Estados Unidos (1 a 1). Após esse resultado, o time encontrou a consistência necessária para as quatro vitórias seguintes até a final, quando empatou com a França no tempo normal e na prorrogação, conquistando a taça na disputa de pênaltis.

“Na Copa passada, nós arriscamos muito mais em nossa estreia do que agora. Muito mais, porém criamos boas chances no jogo contra o Paraguai”, declarou o treinador.

Enquanto o adversário pouco atacou durante toda a partida – o gol saiu de uma chance isolada –, a Itália sofreu para organizar suas ações ofensivas, raramente colocando a bola em condições de finalização para o atacante Gilardino.

“Tivemos que improvisar e com certeza faremos isso novamente. Mas até agora eu não vi nenhuma seleção perfeita nesta Copa do Mundo”, disse Lippi, que também informou que vai manter a formação. O técnico começou sem o artilheiro do campeonato italiano, Antonio Di Natale, o colocando apenas nos últimos 20 minutos do jogo. Pepe atuou na ala direita no início, mas trocou de lugar com Vicenzo Iaquinta no segundo tempo, quando o meia De Rossi subiu mais e conseguiu marcar o gol de empate.

Lippi também não quis fazer comparações com a goleada da Alemanha sobre a Austrália (4 a 0), no domingo.

“Se nós tivéssemos marcado quatro gols ontem, obviamente estaríamos muito felizes, mas algo como aquilo é quase impossível de ocorrer. Aconteceu para a Alemanha porque a partida tomou um rumo diferente. E não vamos esquecer que eles jogaram com um a mais”, declarou o treinador.

A Itália enfrentará a Nova Zelândia, que empatou nessa terça-feira com a Eslováquia em 1 a 1, no próximo domingo, pelo grupo F.

“Iremos melhorar, vamos criar mais chances e marcar mais gols”, disse o técnico, também elogiando a performance de Riccardo Montolivo, que substituiu o machucado Andrea Pirlo.

“Montolivo teve um ótimo começo, enquanto outros não estiveram tão bem”, falou Lippi, lembrando que a Itália jogou muito bem nos amistosos preparatórios. “Nossa confiança vai aumentando jogo a jogo. Vocês também devem considerar que atuamos contra um time que nos respeitou muito e jogou atrás praticamente o tempo todo”.

Sobre o goleiro Buffon, que saiu no intervalo devido a um problema nas costas, Lippi não fez comentários.

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