Holanda bate recordes, quebra tabu e ainda celebra a sorte

A seleção holandesa chegou à África do Sul como representante do futebol arte e favorita ao título, mas o que se viu na estreia contra a Dinamarca foi um time tenso e que teve sorte na vitória por 2 a 0, segundo as palavras do próprio técnico. Mesmo assim, os jogadores têm muito o que comemorar.

Mesmo sem Robben, o esquadrão comandado por Wesley Sneijder e Robin Van Persie entrou para a história ao somar 20 jogos de invencibilidade. Esta é a maior série positiva entre todas as seleções do futebol mundial na atualidade, e um recorde para a própria seleção holandesa.

Além disso, a Holanda deixou para trás o rival com a defesa mais sólida do Grupo E, e ainda quebrou um tabu da Dinamarca. Os escandinavos nunca tinham perdido um jogo de estreia em Copas – nas três participações anteriores, foram vitórias contra Escócia, Arábia Saudita e Uruguai, em 1986, 1998 e 2002 respectivamente.

Para completar o festival de marcas alcançadas na vitória contra a Dinamarca, o lateral-esquerdo Giovanni Van Bronckhorst, que anunciou aposentadoria após a Copa, completou 100 jogos com a camisa da seleção holandesa.

O jogador de 35 anos comemorou seu recorde com otimismo após a vitória: "Viemos para a Copa para sermos campeões. É muito cedo para falar se podemos chegar lá, mas começamos bem".

Esta também foi a impressão do técnico Bert van Marwijk, que demonstrou alívio por ter passado sem problemas da primeira rodada. “Estava pensando nessa estreia há muito tempo. Sempre disse que era o jogo mais importante, porque a primeira partida é sempre muito difícil”, avaliou.

O treinador ainda comemorou a sorte, que estava do lado da Holanda. Logo no primeiro minuto do segundo tempo, um gol contra de Agger em parceria com Simon Poulsen tirou o peso da seleção holandesa, que ainda melhorou consideravelmente após a entrada do reserva Elia.

“No começo do segundo tempo, começamos com um gol de sorte. Parecia então que a Dinamarca iria sair para o jogo, mas eles não tiveram nem força nem convicção para isso. Então nós fizemos o segundo e começamos a jogar muito bem”, encerrou o técnico.

Mais aliviada e motivada pelos recordes, a Holanda voltará a campo no próximo sábado, contra o Japão, que venceu Camarões e também somou três pontos no Grupo E. A seleção africana de Samuel Eto’o será o desafio final para os holandeses na primeira fase.

*Com agências internacionais

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