Brasil explica o que conhece da Coreia: 11 na defesa e marcação incansável

Do pouco que conhece da Coreia do Norte, a seleção brasileira tirou a conclusão do que será a partida de estreia às 15h30 (de Brasília) desta terça-feira, no Ellis Park, em Johanesburgo. O time de Dunga espera duas coisas: os asiáticos enfiados na defesa e uma marcação dura, com verdadeiras sombras perseguindo Kaká, Robinho e companhia.

Até esta segunda-feira, os jogadores pouco viram do adversário. Desse pouco, preparam-se para uma verdadeira barreira formada por um time inteiro na defesa. Disciplina na marcação e poucos riscos no ataque, apostando apenas na velocidade. Essa é a Coreia do Norte que está na cabeça dos brasileiros.

“Vimos o vídeo da Coreia. Os defensores jogam muito duro, marcam muito. Mas já estamos preparados, treinamos com o Dunga para furar essa retranca”, alertou Robinho. “É uma equipe que corre muito”, completou o companheiro de Luís Fabiano.

O camisa 9 e seu substituto, Grafite, tiraram a mesma conclusão. “Espero que dê certo o que treinamos para furar o bloqueio. Será um jogo de muita marcação”, projetou o titular. “Eles voltam para marcar praticamente com o time todo. Na bola parada ficam os 11 dentro da área, eles marcam muito. Mas se fizermos o que sabemos vamos furar esse bloqueio”, emendou Grafite.

A dificuldade em colher informações dos coreanos foi tanta que, segundo Grafite, o vídeo que ele assistiu tinha uma qualidade péssima. “Era uma fita cassete. Assistimos a um vídeo que não estava muito bom, mas deu para ver alguma coisa da equipe deles.”

Mas não são todos que já conheceram “tanto” da Coreia do Norte. Michel Bastos ainda aguarda informações. “Na verdade, só consegui acompanhar a partida contra a Nigéria [os africanos venceram por 3 a 1], mas acho que o Dunga preparou algo para amanhã.”

O comandante da seleção fechou três treinos nos últimos dias e não mostrou o que armou para superar a retranca coreana. Michel, contudo, revelou que Dunga simulou o adversário asiático e sua provável postura. “Trabalhamos da forma como a Coreia vai jogar, então o importante é seguir o que o Dunga pediu”, disse o lateral-esquerdo titular.

Do lado norte-coreano, o técnico Kim Jong Hun também recorreu ao mistério. “Não vou divulgar o nosso esquema tático e o que preparamos para o jogo, mas já estudamos muito a seleção brasileira e estamos aptos a enfrentá-los.”

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