AP/Montagem

Mokoena, pela seleção sul-africana, e Lugano, no Uruguai, brilharam na 1ª rodada

12/06/2010 - 07h01

Defesas prevalecem na rodada do grupo A e produzem jogos sem emoção

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Ao contrário do que se esperava – e do que a Jabulani, bola oficial da Copa, prometia – a primeira rodada da Copa do Mundo foi fraca no que se refere a gols. Os jogos do grupo A tiveram raros momentos de emoção, e os atacantes sofreram com as boas atuações dos defensores adversários. A rodada insossa pode ser explicada pela imensa quantidade de desarmes conquistada pelos zagueiros das quatro equipes que entraram em campo nesta sexta-feira.

DEFESAS DO GRUPO A SE DESTACAM

  Bolas perdidas pelos homens de defesa Desarmes dos homens de defesa
África do Sul
3
27
México
6
34
Uruguai
4
44
França
1
30

A bola encontrou as redes duas vezes, no jogo entre África do Sul e México. França e Uruguai não conseguiram mexer no placar. E nesta última partida, todas as atenções ficaram com os homens que tinham a missão de evitar os gols. Pela Celeste Olímpica, Godín, Lugano e Victorino tiveram excelente atuação, com o total de 44 desarmes, segundo levantamento do Datafolha.

Os beques dos Bleus não ficaram atrás e dominaram a sua área. Suárez e Forlán não tiveram chances contra Gallas e Abidal, que conquistaram 30 desarmes. A quantidade de bolas perdidas pela dupla francesa durante o empate também chama a atenção: apenas um erro cometido por Abidal. Pelo lado uruguaio, os três zagueiros foram quase perfeitos, com apenas quatro, com dois de Victorino.

Apesar da frustração pelo empate na estreia, o técnico da França ressaltou justamente a capacidade da sua equipe em segurar os ataques adversários. “Impusemos nosso ritmo. Tivemos um bom desempenho coletivo, pois contivemos o jogo do Uruguai. Nós os impedimos de jogar”, analisou Raymond Domenech.

No jogo de abertura da Copa, os gols puderam ser vistos. Um após excelente passe de Mphela para Tshabalala, que surpreendeu os zagueiros mexicanos. O outro por um erro infantil do zagueiro sul-africano Mokoena, que deixou Rafa Márquez livre. Exceção feita aos lances descritos e a um chute na trave do atacante Mphela no final da partida, as defesas brilharam no Soccer City.

Mokoena e Khumalo foram muito bem durante todo o jogo. O único – e crucial – erro que chamou mais a atenção foi o lance de Rafa Márquez. O primeiro falhou ao fazer a linha de impedimento e deixou o mexicano em condições de marcar o gol de empate. No total, a dupla sul-africana somou 27 desarmes. Além disso, teve apenas três bolas perdidas durante o confronto.

Pelo lado mexicano, Rodriguez e Osorio conquistaram 34 desarmes durante os 90 minutos no jogo em Johanesburgo. Nas bolas perdidas, Osorio teve problemas e perdeu cinco, mas contou com o companheiro, que só levou desvantagem em um lance no jogo.

Apesar da boa atuação, Osorio disse que o México ainda precisa melhorar defensivamente. “Vamos para o jogo contra a França chateados, porque temos de ser mais contundentes no ataque. Defensivamente, ainda precisamos melhorar em alguns detalhes”, destacou o defensor.

Tanta atenção na defesa pode resultar em ainda mais dificuldade para os atacantes. Uma preocupação que até dificulta o ‘trabalho’ da Jabulani, bola feita para estufar as redes, de acordo com os próprios jogadores da Copa do Mundo.

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