Domenech nega clima calmo na França e solta "pérola"

Quem acompanha a seleção francesa poderia até dizer que a tranquilidade reina na equipe na véspera da estreia na Copa, contra o Uruguai. O treinador Raymond Domenech, porém, fez questão de derrubar esta teoria e, em seguida, aproveitou para soltar uma de suas ‘pérolas’.

“Não passa de uma calma aparente. Sob ela, reina uma espécie de energia, de tempestade. Somos 23, prontos, determinados. Não acho que a palavra calma seja a mais apropriada para definir o estado de espírito dos jogadores. Eles estão um pouco agressivos, impacientes”, disse, em entrevista coletiva.

Sobre a polêmica classificação dos Bleus para a Copa, o treinador foi breve. “Terminamos em segundo em nossa chave e ganhamos a repescagem (contra a Irlanda). O futebol é assim. Quem está aqui mereceu. Quem ganhar no fim merecerá também”, comentou.

Ao falar sobre o fato de a seleção francesa não ter treinado no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, local do jogo desta sexta, Domenech deu mais uma de suas declarações polêmicas.

“É um terreno de 105 metros por 68. A grama é verde e as linhas estão sempre no mesmo lugar. Eu luto sempre contra isso: em casa e fora. Para mim, um campo de futebol é um retângulo verde onde há 11 jogadores contra 11. Seja em Hong Kong ou em outro lugar, é sempre a mesma coisa”, afirmou.

O treinador também tentou tirar a importância do resultado da estreia. “Tudo está ligado. Há um outro jogo, uma segunda rodada. Vimos em 2006: começamos com dois empates e nos classificamos. Há quem vença a primeira partida e não passe de fase. Não há uma verdade. Claro, é melhor ganhar do que perder, mas tudo pode acontecer. O primeiro jogo é importante, mas não é decisivo. O segundo começa a ser e o terceiro nem se fala. O primeiro, simplesmente deve ser jogado. Depois, veremos”, completou.

França e Uruguai se enfrentam nesta sexta-feira às 15h30 (horário de Brasília) na Cidade do Cabo. As duas seleções fazem parte do grupo A ao lado da anfitriã África do Sul e do México.

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