Dai Kurokawa/EFE

Símbolo da era Dunga, Robinho soma 49 jogos e 19 gols com o treinador

08/06/2010 - 05h01

Seleção fecha ciclo para Copa com domínio de Robinho e 77% de aproveitamento

Alexandre Sinato e Bruno Freitas
Em Dar es Salaam (Tanzânia)

OS QUE MAIS JOGARAM

Robinho - 49 partidas
Gilberto Silva - 49
Maicon - 46
Elano - 42
Julio Cesar - 37
Daniel Alves - 36
Kaká - 36
Lúcio - 36
Juan - 31
Júlio Baptista - 27
Josué - 27

A Copa do Mundo chegou para o Brasil. A equipe de Dunga só volta a campo na tão esperada estreia diante da Coreia do Norte, dia 15, em Johanesburgo. Depois de três competições, 26 amistosos e um total de 55 jogos, a seleção encerrou na última segunda-feira sua fase de testes. E nos quase quatro anos do novo ciclo, um nome se destaca como o “dono” da atual geração: Robinho.

O atacante é o braço direito de Dunga e o símbolo da equipe. Do começo ao fim, esteve ao lado do comandante. Não pediu as dispensas tão comuns no ciclo anterior, chegando a se indispor com o Real Madrid para disputar a Copa América de 2007. Robinho ficou fora de apenas seis partidas, todas por culpa de lesões. Além disso, em tais ocasiões, permaneceu concentrado com a delegação mesmo sem condições de jogo.

Robinho lidera as principais estatísticas da era Dunga. Ao lado de Gilberto Silva, é o que mais atuou: são 49 jogos. Ao lado de Luís Fabiano, é o artilheiro com 19 gols marcados, sendo dois na última segunda, nos 5 a 1 sobre a Tanzânia, em Dar es Salaam, no último amistoso pré-Copa.

Inscrito com a camisa 11 na Copa da África do Sul, o atacante sempre foi titular absoluto de Dunga. Um verdadeiro intocável. Nem mesmo quando viveu fase ruim no Manchester City seu prestígio foi abalado. Robinho foi o principal artilheiro da seleção em 2007 (brilhou no título da Copa América) e ocupa tal posição neste ano, somando quatro gols.

OS PRINCIPAIS ARTILHEIROS

Robinho - 19 gols
Luís Fabiano - 19
Kaká - 14
Nilmar - 7
Elano - 7
Júlio Baptista - 5
Ronaldinho Gaúcho - 5
Juan - 4
Maicon - 4
Vágner Love - 4

Reserva no Mundial da Alemanha em 2006, o atacante vê na África do Sul a chance de assumir o papel de protagonista que teve nos quase quatro anos da era Dunga. O treinador aposta alto em seu futebol. Quer a retribuição pelas convocações e pela posição de titular que sempre reservou ao camisa 11. A relação entre ambos ficou tão estreita que Dunga foi ao casamento do jogador no ano passado, no Guarujá.

Mas no Brasil versão 2010, o espírito coletivo tão valorizado por Dunga também é fundamental. Foi com ele que o treinador suportou inúmeras críticas na primeira parte do seu inédito trabalho na função. Foi baseado nele que saiu a convocação dos 23 nomes responsáveis pela busca do hexa. “Escolhemos um grupo muito competitivo, focado e comprometido”, diz o comandante.

A uma semana da estreia no Mundial, o Brasil chega com uma cara definida. Não arranca suspiros nem entusiasma os mais exigentes, mas se credenciou como um dos favoritos ao título pela segurança que demonstra. A criatividade deu lugar à força defensiva e à velocidade do ataque.

Tais características renderam ao atual grupo os títulos da Copa América e da Copa das Confederações, além da vaga antecipada e da liderança das eliminatórias sul-americanas.

Dunga comandou a seleção principal em 55 partidas. Perdeu apenas cinco e conquistou 77% dos pontos disputados, exibindo um saldo positivo de 81 gols.

Agora, a meta do grupo é tentar mostrar rendimento parecido na África do Sul em busca da prioridade do ciclo. Nos próximos sete dias, a espera tomará conta da seleção. “A ansiedade existe e não tem como ser diferente, principalmente quando estamos na África do Sul, onde só se fala nisso. Todo mundo aqui está querendo que a Copa comece logo para poder jogar’, resumiu Dunga.

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