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Julio Cesar, Felipe Melo, Luís Fabiano, Júlio Baptista e Josué reprovaram a bola

08/06/2010 - 07h54

Criadores da bola da Copa vão à África para defender imagem da Jabulani

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Johanesburgo (África do Sul)

Dois cientistas responsáveis pelo desenvolvimento da bola da Copa do Mundo estarão na África do Sul nos próximos dias para serem “bombardeados” de perguntas sobre as críticas recebidas pela Jabulani. A Adidas, empresa criadora do produto, aposta na ajuda de ambos para trabalhar na recuperação da imagem da Jabulani.

O alemão Hans Peter Nurnberg, do departamento de inovação da Adidas, e o inglês Andy Harland, da Universidade de Loughborough e responsável por testes aerodinâmicos com a Jabulani, chegam a Johanesburgo nesta quarta-feira para distribuir argumentos favoráveis à bola. Usarão detalhes técnicos e resultados de inúmeras avaliações.

Thomas van Schaik, chefe da divisão mundial de relações públicas da Adidas, assegura que os dois cientistas já viriam à África do Sul. Por outro lado, admite que a importância da dupla no país da Copa aumenta depois das seguidas críticas feitas à Jabulani nas últimas semanas. Diferentes seleções fizeram análises bastante negativas sobre a bola.

O Brasil, inclusive, foi um dos países que mais “bateram” na Jabulani. Julio Cesar, Felipe Melo, Luís Fabiano, Júlio Baptista e Josué a reprovaram. As frases de Julio Cesar (comparando a bola às compradas em supermercado) e Felipe Melo (“é como patricinha, não gosta de ser chutada”) feriram a Adidas.

“Vamos ver quando a Copa começar se o jogador que disse que a bola não quer ser chutada vai mostrar um bom futebol. Quero ver quando os gols começarem a sair o que vão dizer da bola”, retruca Van Schaik. "Daqui a pouco todos estarão copiando essa tecnologia."

Ele ainda adiantou que a linha adotada pela Adidas na defesa da Jabulani será baseada na inovação. A empresa alemã admite que a bola da Copa não é parecida às demais. E usa isso como um elogio.

“Não vamos falar que é uma bola comum, porque não é. Ela é diferente mesmo. Mas como um consumidor precisa aprender a mexer em um novo celular, por exemplo, os jogadores também precisam aprender a lidar com a Jabulani”, completa Van Schaik.
 

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