06/06/2010 - 10h11

Blatter afirma que uso da tecnologia pode acabar com a emoção do futebol

Das agências internacionais
Em Johannesburgo (África do Sul)

O presidente da Fifa, Joseph Blatter afirmou neste domingo que a utilização da tecnologia no futebol servirá apenas para causar danos à paixão e a emoção sentidas pelo esporte, voltando a se mostrar contra as inovações tecnológicas no esporte mais popular do mundo.

A declaração do dirigente surge em um momento em que a principal entidade do esporte ainda se nega a utilizar a tecnologia para auxiliar os árbitros em suas decisões, como na avaliação de uma bola que possa ter ultrapassado ou não a linha do gol.

“Quando você está em uma partida de futebol não há nível social, todo mundo é igual e todo mundo está no estádio e em sua televisão como um especialista. Todos são especialistas e o motivo disso é que não há tecnologia no campo de jogo, porque se tivesse tecnologia no campo, não haveria mais especialistas”, declarou Blatter.

Em março deste ano, o International Board, órgão que decide as regras do futebol decidiu pela votação contra o uso da tecnologia para saber se uma bola atravessou a linha do gol. Blatter completou suas declarações sobre tecnologia afirmado que a ciência poderia destruir a paixão que é construída pelo esporte.

“A ciência está chegando ao jogo, não há discussão... Nós não a queremos. Nós queremos ter essas emoções e um pouco mais do que emoção, paixão”, completou o presidente da Fifa.

Presidentes da Fifa e da África do Sul dão as boas-vindas à Copa

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, deram oficialmente neste domingo, em Pretoria, as boas-vindas à Copa do Mundo de futebol que começa na próxima sexta-feira com a partida de abertura entre África do Sul e México em Johannesburgo.

FIFA QUER EVITAR POLÊMICAS COM JUÍZES

A grande preocupação dos árbitros do Mundial será evitar se envolver em uma polêmica mundial parecida com a que foi protagonizada pelo francês Thierry Henry. Em duelo contra a Irlanda, o atacante dominou a bola com a mão e cruzou para que Gallas fizesse o gol que garantiu o seu país na Copa do Mundo da África do Sul.

O árbitro sueco Martin Hansson não viu a irregularidade. Para evitar problemas parecidos, a Fifa destacou que os árbitros devem estar preparados fisicamente para a Copa.

"A Fifa envia um programa semanal de treinamentos para que possamos nos preparar", explicou o francês Stephane Lannoy, que faz parte do grupo de juízes escalados para o torneio.

“Estamos verdadeira e humildemente encantados de abrigar o mundo em nosso país para este extraordinário e histórico evento. Estivemos nos preparando para este torneio desde 15 de maio de 2004, quando o presidente da Fifa, Joseph Blatter, mostrou cuidadosamente o cartão com o nome de nosso país como organizador do Mundial de 2010”, completou o presidente sul-africano.

O presidente sul-africano lembrou o significado da realização da Copa do Mundo no país e a importância histórica que a organização da competição tem na África do Sul.

“Hoje recordamos de onde viemos para chegar a este ponto, como uma nação que passou de uma divisão e a opressão em 1994 a uma democracia constitucional progressista, unida, não racial e estável. É graças a seu espírito de perdão, tolerância e sua habilidade para unir a diversidade que fomos capazes de enterrar o apartheid e trabalhar juntos para construir uma democracia não-racial”, afirmou Zuma.

Joseph Blatter parabenizou a África do Sul e voltou a destacar o êxito do país para a organização da primeira Copa do Mundo no continente africano. “Só posso dizer que realmente foi um longo caminho para trazer a Copa do Mundo à África. Foi um longo caminho, mas nós conseguimos. Este é um Mundial africano”, afirmou Blatter

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