... com a filha (esq.) e a neta de Nelson Mandela
... ao lado de um garoto do Soweto durante treino
... em homenagem que recebeu na Hoerskool
... ao lado do auxiliar Jorginho na última entrevista
Dunga carrega a imagem do capitão do tetra, o líder que distribuía broncas em todo mundo. Foi contratado pela CBF para resgatar a seriedade da seleção brasileira. Na caminhada até a Copa do Mundo, recebeu inúmeras críticas e poucos elogios por sua postura, por seu estilo “durão”. Desde a convocação, porém, ele adotou outra linha. E seu comportamento nos nove dias de África mostra tal tentativa.
Diversas fotos de um Dunga descontraído circularam nos últimos dias. Algumas divulgadas, outras registradas pelo batalhão de fotógrafos que seguem a seleção diariamente. Em comum em todos os retratos, a simpatia do treinador conhecido pela relação conturbada com a imprensa.
Nos últimos dias, a CBF exibiu fotos de Dunga com a filha e a neta de Nelson Mandela, mostrou o treinador sorrindo com garotos do Soweto e relatou o assédio que ele sofreu dos jogadores do Zimbábue após o amistoso de quarta-feira: segundo a entidade, 15 atletas pediram fotos ao lado de Dunga.
Na manhã desta sexta, o comandante da seleção deixou a concentração da seleção para ir à escola onde o time treina. O motivo? Receber uma homenagem de alunos, professores e funcionários. Mais uma vez, Dunga mostrou seu lado diplomático e posou para inúmeras fotos, algumas divulgadas pela CBF.
O treinador da seleção afirmou na última quinta que quase todos os 300 jornalistas que seguem a equipe todos os dias torcem contra seu time. Elegeu a imprensa como um adversário, um obstáculo a ser superado em prol do hexa.
Mesmo assim, Dunga não é mais o mesmo dos primeiros anos como treinador. Aos poucos, ele tenta lidar de maneira mais controlada diante das câmeras. As respostas atravessadas diminuíram. As críticas à imprensa continuam, mas são feitas de forma mais ponderada, explicitando o cuidado contra o desgaste de sua imagem às vésperas de um evento que mobiliza o Brasil.
“Vocês [jornalistas] têm que de escrever algo, é o direito de vocês. Meu direito é responder. Algumas vezes vou ter razão, outras não. Isso é democracia”, resumiu o “novo” Dunga.
A cautela do treinador contrasta com o endurecimento do discurso de Jorginho. Coincidência ou não, também desde a convocação, o ex-lateral-direito adotou postura mais rígida nas entrevistas. Ele segue acompanhando Dunga nas coletivas, mas às vezes assume o microfone para fazer o que o treinador fazia: engrossar a voz.
“Não quero generalizar, mas tem gente aqui [da imprensa] que não tem coragem. Leio muita coisa que não concordo. Aí o cara vem aqui e não tem coragem de fazer pergunta. Você, que critica tanto, por que não pega o microfone? Por que não debate com a gente?”, desafiou Jorginho na quinta-feira, lembrando a entonação do discurso patriótico que fez no dia da convocação ao defender o trabalho da seleção.
Dunga e Jorginho devem dar, no máximo, mais duas entrevistas até a estreia do Brasil na Copa, dia 15, contra a Coreia do Norte, no Ellis Park (Johanesburgo). Até lá, pouca coisa deve mudar. Durante o torneio, contudo, os resultados determinarão o rumo da seleção. E podem alterar ações e reações da dupla que comanda a comissão técnica.
Jogos, resultados, preparação das equipes e muito mais.
Fique por dentro das notícias mais importantes do dia direto da África do Sul
Você receberá em média 30 mensagens por mês, sendo uma por dia.
Para Assinar
Envie uma mensagem com o texto VW para 30131.
Para Cancelar
Envie uma mensagem com o texto SAIR para 30131.
Importante: Todo o processo de assinatura e o recebimento de mensagens será gratuito