Pouco antes de viajar para a África, seleção se despede em encontro com Lula em Brasília
"Acabamos de chegar na África. Clima de Copa". A frase postada pelo meia Kaká em seu Twitter logo após a chegada da seleção brasileira na África do Sul demonstra bem a sensação do grupo. O avião que levava toda a delegação e a esperança do hexacampeonato pousou em Johanesburgo por volta de 2h10 no horário de Brasília (7h10 pelo horário local).
A chegada foi cerca de 1h antes do previsto, já que a expectativa inicial era para as 8h locais. Apesar de cansados, os jogadores estavam sorridentes e mostraram empolgação por estar na terra do Mundial. "Chegamos na África. Graças a DEUS está tudo bem. A Copa começou", postou Luís Fabiano em seu microblog, às 2h38.
Um forte esquema de segurança foi armado para a chegada da delegação brasileira, contando com a presença de policiais armados. Jogadores e comissão técnica não passaram pelo saguão do aeroporto, evitando contato com torcedores e a imprensa brasileira que aguardava.
A seleção, segunda a chegar depois apenas da Austrália, ficará hospedada no luxuoso hotel Fairways e já tem programação agendada para esta quinta. Às 13h (8h em Brasília), o técnico Dunga concederá sua primeira entrevista coletiva desde o dia 11 de maio, data da convocação oficial.
A delegação ficará praticamente toda a primeira fase em Johanesburgo, onde realiza os dois primeiros jogos contra Coreia do Norte e Costa do Marfim. Apenas o último duelo do classificatório, diante de Portugal, será em Durban.
Pouco antes de embarcar para o continente africano, por volta de 17h, o grupo teve o último compromisso no Brasil. Ainda com 21 atletas, sem Lúcio e Maicon, que se juntaram aos outros na África, os jogadores foram recebidos pelo presidente Lula e pela primeira-dama Marisa Letícia.
A recepção pública durou pouco menos de dez minutos. Em seguida, entraram para uma cerimônia fechada, de onde saíram 15 minutos depois.
Mas a preparação para a Copa começou em Curitiba, no CT do Caju, centro de treinamento do Atlético-PR. A passagem dos comandados de Dunga no Paraná durou seis dias e foi marcada pelo isolamento. A torcida teve pouco acesso aos ídolos porque a maior parte dos treinos foi fechada.
O mesmo aconteceu na despedida. Cerca de 2 mil pessoas se reuniram na manhã de quarta-feira no aeroporto de Curitiba para saudar e desejar boa sorte à seleção brasileira, mas tiveram pouco mais de 60 segundos para ver os jogadores. Protegidos por um cordão de isolamento, os jogadores atravessaram o saguão do aeroporto sem parar para falar, dar autógrafos ou posar para fotos com os torcedores.
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