Zanetti revela dor e afirma que já se sentia fora da seleção argentina

Javier Zanetti quebrou o silêncio após ficar de fora da lista da Argentina para a Copa do Mundo da África do Sul, que começa em 11 de junho. Com 136 partidas pela seleção, o jogador de 36 anos revela a dor ao perder a chance de disputar o seu terceiro Mundial, mas diz que já se sentia excluído da equipe de Diego Armando Maradona.

Em 15 de maio de 2006, Zanetti viveu situação semelhante. Por telefone, ouviu de José Pekerman que não disputaria a Copa da Alemanha. O ‘corte’ aconteceu novamente, mas desta vez, o jogador não recebeu nenhuma explicação do atual técnico Maradona. “Esta não dói mais do que aquela porque eu já sabia que não jogaria o Mundial. Quando já não fui convocado depois das partidas contra Brasil e Paraguai, terminei de me convencer”, afirmou o capitão da Internazionale ao jornal La Nación.

“As coisas não estavam claras. Os momentos da seleção foram difíceis para todos pelos resultados e rendimentos. Nas eliminatórias, a luta era contra muitos altos e baixos. O futebol tem momentos, e depois de Brasil e Paraguai foi tudo colocado em dúvida. Por isso, faz tempo que me sentia fora da seleção”, completou.

Mesmo após a decepção de perder duas Copas – disputou em 1998 e 2002 -, Zanetti descarta falar em aposentadoria da equipe nacional. “A seleção sempre será parte da minha vida. Foi com 20 anos e será quando tiver 50 anos. Mas de agora em diante será muito mais complicado, porém futebol nunca se sabe. Quando estava no início, Passarella me disse que o jogador da seleção sempre tinha que estar preparado para três coisas: para jogar e brilhar, para ir ao banco e ser igualmente útil e para estar na tribuna e também somar. Bem, hoje me resta ficar na tribuna.”

Zanetti, que participou de 16 dos 18 jogos da Argentina nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, disse que a equipe pode ficar entre as quatro primeiras na África do Sul, se os jogadores focarem no objetivo do título. “É um grupo com muitas personalidades diferentes, com idades diferentes e com experiências diferentes, desde os que somam várias partidas no Mundial até os que nunca jogaram. Espero que aproveitem este tempo juntos para encontrar forças e uma ideia que os leve a ser protagonistas e a brigar pelo título.”

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