08/04/2010 - 15h22

Al-Qaeda insinua ameaça terrorista ao jogo entre EUA e Inglaterra

Do UOL Esporte
Em São Paulo

A organização fanática religiosa Al-Qaeda colocou a segurança da Copa do Mundo em xeque. Em um artigo publicado na revista islâmica Mushtaqun Lel Jannah e reproduzido pela rede norte-americana CBS, o grupo insinuou que poderia organizar um atentado durante o evento, e citou o jogo entre Inglaterra e Estados Unidos, na primeira fase, como possível alvo.

TERRORISMO ASSOMBRA O MUNDIAL

  • AFP/Photo

    Osama Bin Laden é o grande líder da Al-Qaeda, que já ameaçou a realização da Copa do Mundo

  • Wolfgang Kumm/EFE

    Seleção inglesa, comandada por Capello, seria um dos alvos do possível atentado terrorista na Copa

“Pense em como seria incrível se, durante uma partida entre Estados Unidos e Grã Bretanha, transmitida para todo o mundo e com muitos torcedores, uma explosão ecoa, o estádio vira de ponta-cabeça e o número de corpos é contado em dezenas e milhares”, disse o manifesto.

Os dois países são, historicamente, os grandes alvos do grupo, que ganhou notoriedade em 2001 ao coordenar os ataques de 11 de setembro ao World Trade Center. França, Alemanha e Itália também seriam alvos em potencial. "Todos esses países formam a cruzada sionista contra o Islã", diz a Al-Qaeda.

O grupo ainda vai mais longe ao questionar a eficácia dos mecanismos de segurança. “Todo o aparato e as máquinas de raio-x que a América vai mandar depois de ler este artigo não serão capazes de deter o modo como os nossos explosivos agirão. Então, vocês estão prontos para isso, sr. Blatter?”, provoca o manifesto, em clara referência a Joseph Blatter, presidente da Fifa. 

Esta não é a primeira vez que o grupo comandado pelo saudita Osama Bin Laden é relacionado à Copa do Mundo da África do Sul. Em outubro do ano passado, o departamento de inteligência do país-sede do evento anunciou ter descoberto um plano terrorista que tinha a competição como alvo. Na ocasião, fanáticos religiosos da Somália e de Moçambique foram presos.

No seu texto, a Al-Qaeda ainda lembra episódios de terrorismo recentes, como a ação de dezembro de 2009 que vitimou sete agentes da CIA que trabalhavam no Afeganistão.

A ameaça complica ainda mais o já turbulento clima na África do Sul. Nos últimos dias, o país viu o fantasma do apartheid ressurgir após a morte de Eugene Terre'Blanche, líder de direita e defensor do regime segregacional. O fazendeiro teria sido morto por dois empregados negros, e os brancos que o apoiavam chegaram a sugerir a criação de um Estado próprio.

 

 

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