23/03/2010 - 19h49

Em meio à recessão, turismo sul-africano projeta subida e vê Brasil "chave"

Gustavo Franceschini
Em São Paulo

A Copa, decantada por especialistas de marketing esportivo como uma fonte de renda ímpar, deve salvar a África do Sul da recessão no turismo. Enquanto o panorama mundial na área ainda sofre com a crise do ano passado, o país-sede do Mundial de 2010 comemora um crescimento e prevê visitas de mais de 10 milhões de turistas.

MUNDIAL DEIXA TURISMO DOMÉSTICO EM BAIXA

Se no geral a área vai crescer, o turismo local está amedrontado. Destinos de sul-africanos em férias e feriados trabalham ações de marketing para mostrar que estarão abertos durante a Copa.

No Mundial, as pessoas tendem a permanecer mais tempo em casa pelos jogos e pelo temor que os hotéis estejam ocupados, gerando uma lacuna para a indústria local

“No ano passado nós chegamos a 9,9 milhões, número superior ao que tínhamos em 2008, apesar da crise. E agora nós vamos atingir o nosso objetivo”, disse Roshene Singh, diretora de marketing da SA Tourism, empresa que cuida do setor no país.

Para atingir este patamar, a África do Sul investiu cerca de 20 milhões de dólares no turismo nos últimos anos. Neste cenário, o Brasil tem um papel fundamental. Em 2009, 37 mil pessoas foram à sede da Copa do Mundo, um crescimento de 3,7% em relação a 2008.

“Você tem a chance da vida quando tanta gente está te assistindo pela televisão. Todos vão saber sobre a África do Sul, e nós temos de converter isso depois. Vamos seguir trabalhando com marketing e na mídia, mostrando o que o país tem de bom para que todos voltem”, disse Singh.

Para garantir a qualidade dos serviços, a dirigente reforçou que a quantidade de voos domésticos será ampliada durante a Copa. Além disso, o governo sul-africano também permitirá traslados noturnos para reduzir o tempo de viagens.
 

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