23/03/2010 - 19h30

Cafu projeta despedida na seleção e evita atrito com Dunga

Gustavo Franceschini
Em São Paulo

Parado desde maio de 2008, Cafu ainda é figura importante quando se trata de seleção por ter sido o capitão do título de 2002 na Ásia. O jogador que mais vezes vestiu a camisa verde-amarela agora projeta uma festa de despedida defendendo o Brasil, e se esquiva de possíveis polêmicas com o ex-colega de time e agora técnico Dunga.

Apesar de ainda não se declarar aposentado, Cafu admite que está perto de pendurar as chuteiras. “Queria uma homenagem única, uma despedida final mesmo. Eu já estou me preparando para o fim da carreira há tempos”, disse o jogador, que deixou clara a intenção de fazer um último jogo pela seleção, mas não confirmou nada.

O evento aconteceria somente após a Copa do Mundo, mas ainda não foi acertado com ninguém da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Enquanto isso, Cafu segue sendo questionado sobre o atual time, especialmente a ausência de Ronaldinho Gaúcho, preterido por Dunga apesar da boa fase no Milan.

“A cobrança é normal. Eu fui em quatro Copas e sempre teve alguém de fora sendo lembrado. Vão sempre perguntar alguma coisa, está no DNA do brasileiro. Mas o Dunga já sabe com quem ele acha que pode contar”, disse Cafu, que não respondeu se chamaria o meia caso fosse o comandante.

Ronaldinho Gaúcho não seria a primeira discordância dos ex-companheiros. Comentarista de TV durante a Copa de 2006, Dunga nunca escondeu da imprensa o tom crítico em relação à postura dos jogadores comandados por Carlos Alberto Parreira na Alemanha.

Cafu, por sua vez, foi no caminho contrário nos últimos anos e negou diversas vezes o descaso por parte dos atletas apontado pela maioria. Questionado sobre a divergência, o lateral manteve a postura neutra com relação a Dunga.

“Eu acho normal [o que ele fala]. Ele estava lá e agora é técnico, e vai colocar em prática o que ele viu”, disse Cafu.
 

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