Técnico francês diz ainda não saber como será o desempenho da França na Copa do Mundo de 2010
A França, que surgiu como uma das potências mundiais na Era Zidane e conquistou o título mundial na Copa de 1998, não é mais a mesma. Com a aposentadoria de Zinedine Zidane no Mundial de 2006, na Alemanha, a seleção ainda não engrenou, apesar de possuir uma equipe com astros do quilate de Thierry Henry e Ribery.
Em entrevista ao site da Fifa, concedida nesta segunda-feira, o técnico francês Raymond Domenech disse que a irregularidade da seleção se deve à renovação da equipe e elogiou a regularidade o Brasil. Para ele, a única seleção capaz de se renovar sem perder a qualidade.
"Há uma mudança de gerações em curso. À exceção do Brasil, que tem uma reserva imensa e consegue fazer uma renovação natural sem que o nível da seleção seja afetado, todos os outros países passam por ciclos", argumenta. "Talvez nos encontremos em um ciclo um pouco mais difícil, com jogadores importantes que tiveram o seu momento, pararam e que agora precisamos substituir".
Domenech, que levou a França à final da Copa de 2006, agora vive outro momento e enfrenta as duras críticas da imprensa francesa. "Quando se é treinador, vivemos sob estresse permanente, todos os dias, o tempo todo. É a nossa condição natural", minimiza.
Os franceses correram o risco, inclusive, de acompanhar a Copa da África do Sul de casa, já que só obtiveram a classificação na repescagem depois de ficarem em segundo lugar no grupo 7 das eliminatórias europeias. E com um gol ilegal marcado por Gallas ao receber cruzamento de Henry, que usou a mão antes de cruzar a bola para a área no jogo contra a Irlanda.
Domenech adota tom cauteloso para falar do desempenho na Copa
O técnico comentou, ainda, as críticas feitas aos jogadores por causa das últimas atuações. Na derrota de 2 a 0 para a Espanha em pleno Saint Denis, em Paris, em amistoso de preparação para a Copa, a seleção foi vaiada pela torcida que lotou o estádio. "Os jogadores estão acostumados com esse tipo de crítica. Eles sabem que, quando jogarem menos do que as pessoas esperam, serão criticados", diz.
No Mundial de 2006, Domenech declarou que a França chegaria à final e cumpriu a promessa. Mais comedido, o técnico adota um discurso mais reticente sobre o futuro da seleção francesa na Copa do Mundo da África do Sul. "Em 2006, quando vi e ouvi os atletas, pensei comigo mesmo: 'vamos para a final, sem dúvida'. Neste momento, a seleção ainda está se preparando. Assim que eu tiver reunido os jogadores e passado tempo suficiente com eles, saberei", conclui, em tom enigmático.
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