09/03/2010 - 12h58

"Em 2002, fizemos pior do que em 2006", diz Roberto Carlos à Playboy

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • Lateral defendeu o Brasil nos Mundiais de 1998, 2002 e 2006

    Lateral defendeu o Brasil nos Mundiais de 1998, 2002 e 2006

O lateral Roberto Carlos soltou o verbo. Na tradicional entrevista da revista Playboy, da edição de março, foi questionado sobre festa, comprometimento e o episódio da meia. Respondeu com uma revelação surpreendente: em 2002, a seleção que foi pentacampeã era mais baladeira do que a de 2006, que perdeu para a França.

Na revista que chegou às bancas nesta terça-feira, com a ex-BBB Tessália na capa, o jogador do Corinthians declarou que em 2002, no Mundial da Coréia do Sul e do Japão, as festas eram realizadas em número muito maior do que na Alemanha. Além disso, insinuou que o narrador Galvão Bueno, da TV Globo, tem influência na convocação da seleção.

“Se a gente tivesse ganhado [em 2006] ninguém falaria nisso [falta de comprometimento]. Fizemos coisas piores em 2002 e ninguém soube. No Japão era mais liberado do que em 2006. A gente arregaçava”.

O jogador confirmou presença nas festas apenas durante a Copa de 2002 e não citou nomes de outros atletas baladeiros. Segundo ele, a vantagem é que ninguém acompanhou os jogadores da seleção na ocasião. “Como era longe, ninguém seguia a gente. Era impressionante: acabava o jogo, a gente estava liberado. Ainda bem que não fizeram fotos nossas lá. Foi bonito”.

Roberto Carlos ressaltou que aproveitou as festas no meio da Copa do Mundo porque estava solteiro. Hoje, ele é casado, acaba de ter a oitava filha e diz que, agora, não pensa mais na noite.

“A gente se divertia pra caramba. Todo mundo solteiro, todo mundo aproveitava. Era gostoso. Ninguém se drogava, ninguém saía bêbado. Tudo na vida tem um limite. Hoje sou casado, o Ronaldo é casado. A gente aproveitou nossa época de solteiro, e agora temos nossas esposas”.

O lateral-esquerdo falou também da polêmica com o narrador Galvão Bueno. De acordo com o jogador, o global foi o responsável pelo fatídico “episódio da meia”, em que foi acusado de não ter marcado o atacante Thierry Henry no lance que gerou a eliminação do Brasil em 2006. Roberto Carlos disse que o episódio foi superado, mas não resistiu a alfinetar o narrador.

Ele citou a briga do zagueiro Roque Júnior, hoje no Ituano, com Galvão Bueno na Copa das Confederações em 2005. O caso ilustrou a insinuação de que Galvão tem influência nas convocações da seleção brasileira. “O Roque brigou com o Galvão e não voltou mais para a seleção”. “O que posso falar do Galvão é que ele é um grande profissional”. A frase, segundo a revista, foi seguida de um sorriso e alguns minutos em silêncio.

“Se eu pudesse falar tudo que eu sei...no dia em que eu parar de jogar, escrevo um livro: A Verdadeira História do Futebol. Por tudo que aconteceu comigo de 1988 até hoje, posso escrever sobre tudo. Ambiente, treinador, imprensa, torcida, títulos, finais, chute na bandeirinha, até a história da meia”.
 

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