De olho na Copa, Gilberto encara suspense até lista final de Dunga

De volta ao Cruzeiro após ser convocado para amistoso da seleção brasileira contra a Irlanda, em Londres, na última terça-feira, Gilberto disse que o técnico Dunga e seu auxiliar Jorginho não anteciparam nada sobre a possibilidade de ele ser confirmado na relação de 23 jogadores que disputarão a Copa do Mundo, em junho, na África do Sul.

“O negócio agora é dar continuidade ao trabalho para que, se tiver a oportunidade de disputar mais uma Copa do Mundo, procurar fazer da melhor maneira possível. Dunga nem o Jorginho deram dicas de nada. Então até a convocação final para a Copa do Mundo vai ser aquele suspense”, afirmou.

Apesar de não ter entrado em campo contra a Irlanda, Gilberto disse que não ficou chateado. “Não dar para ter mágoa. Você estar entre 23 jogadores que estão na seleção brasileira tem de ir feliz demais”, disse.

Ele elogiou a participação de Michel Bastos, que ocupou a lateral esquerda durante todos os 90 minutos do amistoso, vencido pelo Brasil por 2 a 0. “Lógico que o melhor é sempre jogar, mas o Dunga entendeu que deveria dar uma oportunidade ao Michel Bastos, que foi muito bem, por sinal”, avaliou.

O meia cruzeirense foi o jogador que Dunga mais vezes convocou para a lateral esquerda. Gilberto acredita que teve oportunidades suficientes para demonstrar ao treinador que poderá estar na África do Sul. “Consegui, junto com outros jogadores, ser campeão da Copa América, ter algumas oportunidades nas eliminatórias. Fico feliz de ter participado e contribuído nesses três anos”, comentou.

Para o jogador do Cruzeiro, a lista de concorrentes pela lateral esquerda é extensa. “É muita gente. Tem o André Santos (do Fenerbahce), o próprio Michel (do Lyon), o Marcelo (do Real Madrid). Acho que estou na briga também. É trabalhar para se tiver oportunidade fazer o melhor, poder honrar a camisa da seleção brasileira”, observou.

Gilberto, que disputou o Mundial de 2006, disse que a competição entre seleções tem uma atmosfera totalmente diferente dos demais campeonatos em que esteve presente. “É uma baita competição, um negócio totalmente diferente do que estamos acostumado a disputar, Libertadores, Copa das Confederações. Tive a oportunidade, a seleção acabou não ganhando, mas se tiver de disputar a segunda, vamos tentar conquistar os título”, salientou.

Diante das declarações de Dunga sobre a falta de comprometimento de atletas que serviram à seleção brasileira na Copa de 2006, Gilberto reconheceu que a preparação em Weggis, na Suíça, gerou transtornos. No entanto, ele não viu atletas descomprometidos.

“O que mais tem sido comentado de 2006 para cá é que a preparação foi complicada, havia muita gente em Weggis, eram treinamentos para 15 mil pessoas. Acho que comprometimento todo jogador tem numa seleção brasileira, mas que a preparação, realmente deixou a desejar. Tenho certeza que para 2010 vai ser diferente e que os jogadores vão se empenhar ao máximo para conquistar mais um título pela seleção brasileira”, analisou.
 

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